Cientistas conseguem ressuscitar que ficou mais de 48 mil anos congelado
No Permafrost é possível encontrar diversos vírus de épocas antigas, além de vários outros vestígios do passado.
Todos os anos registram-se maiores temperaturas no Ártico, o que possibilita o degelo da camada Permafrost. Essa consiste em uma camada congelada que fica abaixo do gelo e que guarda materiais biológicos de outras épocas. Caso ocorra o descongelamento dessa camada, pode ocorrer a ressurreição desses seres.
‘Vírus Zumbi’ de 48 mil anos
A ressurreição do vírus foi conduzida pelo professor de medicina Jean-Michel Claverie da Escola de Medicina da Universidade Aix-Marseille, na França. No caso, o professor utilizou uma amostra de terra que foi retirada do permafrost siberiano, em busca de conseguir identificar se havia resquício de partícula viral.
Em confirmação às suas suspeitas, Claveire conseguiu encontrar o que ele mesmo chamou de “vírus zumbi”. Essa não foi a primeira vez que o professor conseguiu fazer esse tipo de ressurreição, já que anteriormente, em 2012, ele conseguiu reviver uma flor silvestre a partir de uma semente que estava numa toca de esquilo.
Porém, apenas em 2014 ele conseguiu, pela primeira vez, reviver um vírus que ele e sua equipe conseguiram isolar do permafrost. Mais do que apenas revivê-lo, eles conseguiram fazer com que o vírus se tornasse novamente infeccioso pela primeira vez em 30 mil anos. Depois, eles repetiram o processo, sendo que o vírus mais antigo datava de mais de 48 mil anos.
O perigo em torno do degelo do permafrost
Nos últimos anos, os cientistas se preocupam cada vez mais com o degelo do Ártico, onde as temperaturas estão caindo até quase 4 vezes mais que nos outros lugares. Em consequência, há o degelo do permafrost, que serve como uma cápsula do tempo que protege restos de animais mumificados e principalmente vírus de tempos anteriores.
As características climáticas do permafrost possibilitam que esse seja um local possível de armazenamento desse material biológico. Afinal, trata-se de um lugar frio e totalmente livre de oxigênio que a luz não alcança. Dessa forma, há muito perigo na liberação de novos antigos vírus nos próximos anos por conta do aquecimento global.
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