Devemos ter medo? Vírus congelado há 48,5 mil anos volta à ativa na Sibéria

Vírus é gigante e estava congelado no subsolo da região russa de Yakutia.

Parece coisa de filme de ficção-científica, mas acontece de verdade. Existe uma região na Sibéria chamada de permafrost: um espaço de 1,5 km de solo congelado logo abaixo da superfície. Ali, há milhares de vírus e micro-organismos congelados entre as rochas. O perigo é que, devido às baixíssimas temperaturas, eles não morreram; estão apenas “adormecidos”. De vez em quando, cientistas encontram alguns vírus na permafrost. Recentemente, os pesquisadores toparam com um que data de 48,5 mil anos atrás. Um recorde até então. Confira o artigo e saiba mais sobre o vírus congelado por tanto tempo.

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Como são é o vírus congelado que foi encontrado na Sibéria?

De acordo com o pesquisador Jean-Michel Claverie, da Universidade Aix-Marseille, da França, o vírus encontrado é gigante. Ele foi encontrado em um solo congelado logo abaixo de um lago na região russa de Yakutia. Com ele, estavam outros seis tipos. O mais velho estava congelado há 27 mil anos. Um jovenzinho, não é?

De acordo com o cientista, não há motivo para pânico, pois o vírus só infecta amebas. Ufa!

Por que estes micro-organismos estão voltando à ativa?

Como dissemos lá em cima, parece coisa de filme de ficção-científica, mas isso acontece mesmo. Os vírus e outros micro-organismos ficam congelados em uma temperatura tão baixa que impede que eles se decomponham.

Então, ficam como a Bela Adormecida, esperando o beijo do príncipe encantado. No caso, o príncipe é o aquecimento global.

Devido ao crescente aumento da temperatura da Terra, o gelo de regiões como a permafrost começou a derreter. Isso faz com que estes seres vivos despertem do sono, que deveria ser eterno.

Neste ponto, conforme explica Jean-Michel Claverie, teremos que ter mais atenção e, talvez, nos preocupar um pouco. Acontece que se o derretimento destas geleiras conseguiu trazer de volta à vida estes vírus gigantes, outros tipos menores também conseguem voltar.

Estes sim conseguiriam infectar plantas e animais. E, destes seres vivos, talvez, nos infectar também.

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