Vírus ‘zumbi’, com 48.500 anos congelado, ganha vida novamente

ALERTA! Vírus de quase 49 mil anos, congelado no solo da Rússia, reaparece após mudanças climáticas que ocasionaram o degelo.

Mudanças climáticas no Ártico estão fazendo ressurgir vírus que preocupam a ciência. O degelo no permafrost, uma camada congelada de subsolo existente nos países do Hemisfério Norte, está sendo descongelado devido a alta temperatura que atinge o local. Essa mudança, como orientam cientistas, pode fazer reviver vírus “zumbi”.

Pesquisadores da Europa encontraram 13 patógenos que estavam congelados no solo, localizados na Rússia. Na descoberta, visualizaram um vírus de 48.500 anos que estava preso sob o gelo, conhecido, agora, como “zumbi”. De acordo com informações, este seria o novo potencial que põe em risco a vida humana e a vida dos animais em todo o planeta Terra.

Descongelamento no permafrost e descobertas de vírus

O permafrost faz parte de uma cobertura que atinge o Canadá, Alasca e a Rússia. É como uma preservação da cápsula do tempo e um campo científico de pesquisa. Lá, estão congelados vírus antigos e restos de animais que viveram há anos. As últimas descobertas no local foram de um leão das cavernas e um rinoceronte lanudo, como informam os cientistas.

O permafrost é um campo rico de congelamento e não se trata apenas de um lugar extremamente frio, pois também está localizado em um ligar sem oxigênio e sem luz. O descongelamento nos últimos anos, causado pela mudança climática, é uma preocupação para todo o planeta.

Com a descoberta, Birgitta Evengard, professora emérita do Departamento de Microbiologia Clínica da Universidade de Umea, localizada na Suécia, fala sobre o risco do descongelamento do permafrost:

“Se houver um vírus escondido no permafrost com o qual não temos contato há milhares de anos, pode ser que nossa defesa imunológica não seja suficiente […] O correto é ter respeito pela situação e ser proativo e não apenas reativo. E a maneira de combater o medo é ter conhecimento”, alertou.

Os cientistas alertam sobre a mudança climática e sobre o degelo. Na Sibéria, o descongelamento enfrenta as taxas mais altas de todo o planeta, chegando a 38 °C. O solo local permanece firme durante o verão, mas não tem aguentado as altas temperaturas dos últimos anos.

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