Você está sozinho? Conheça esses 2 fatos surpreendentes sobre a solidão

O artigo publicado na Science Advances em 2023 revelou uma descoberta significativa sobre a relação entre laços sociais e saúde mental.

O estudo indicou que pessoas que possuem relacionamentos sociais mais fortes, seja com amigos, familiares ou um grupo mais amplo, como o governo ou o país, têm menor probabilidade de desenvolver ansiedade ou depressão, em comparação com aqueles que têm conexões sociais limitadas.

Os especialistas descobriram que pessoas que conseguem se envolver e se conectar facilmente com a sociedade relataram níveis mais altos de bem-estar.

Isso ressalta a importância dos relacionamentos  sociais e do sentimento de pertencimento como fatores influentes na saúde mental e emocional das pessoas.

É verdade que, na sociedade moderna, muitas vezes nos encontramos em um cenário em que o desenvolvimento de laços sociais duradouros pode ser negligenciado. Foi através dessas descobertas que duas revelações inéditas foram reveladas.

2 fatos extremamente curiosos acerca da solidão

1. A solidão é semelhante ao tabagismo

O Conselho do Cirurgião-Geral dos EUA enfatizou os efeitos curativos da conexão social e da comunidade, e destacou que a solidão pode ter efeitos significativos na nossa mortalidade.

Essa afirmação baseia-se em uma análise realizada em 2010, que examinou o impacto das relações sociais nos riscos de mortalidade.

A análise revelou que a falta de conexão social e a solidão podem aumentar o risco de mortalidade, de forma semelhante ao hábito de fumar até 15 cigarros por dia.

Essa descoberta chama a atenção para a importância de construir e manter relações saudáveis e significativas em nossa vida.

O estudo mencionado, publicado na Nature, reforça a ligação entre solidão e saúde. Ele destaca que estar sozinho e experimentar sentimentos de solidão pode ter impactos negativos significativos na saúde física e mental das pessoas.

2. A mente de um solitário processa as relações sociais de forma distinta.

Um estudo recente publicado na revista Psychological Science revelou que pessoas solitárias podem apresentar padrões de atividade cerebral distintos em comparação com pessoas não solitárias.

Essas diferenças na atividade cerebral podem afetar a forma como os indivíduos solitários percebem e respondem às informações sociais.

Para realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram ressonância magnética funcional (MRI) para examinar a atividade cerebral dos participantes enquanto assistiam a um vídeo de filme que retratava interações sociais.

Ao comparar os resultados entre os indivíduos solitários e não solitários, os pesquisadores observaram diferenças significativas nos padrões de atividade cerebral.

Os resultados do estudo trouxeram revelações intrigantes. Os indivíduos que experimentavam a solidão apresentaram menor semelhança de atividade cerebral com outros participantes, em regiões do cérebro relacionadas à cognição social.

Essa diferença sugere que as pessoas solitárias podem processar as interações sociais de maneira distinta em comparação com indivíduos não solitários.