Você sabe por que a cor azul é tão rara na natureza?

Há uma explicação científica para essa questão.

A natureza exibe uma impressionante variedade de cores, visíveis em plantas, animais, minérios e até nos céus e oceanos. Essas cores surgem por meio de diferentes processos físico-químicos.

Nos seres vivos, as cores podem ser produzidas por pigmentos ou estruturas físicas que manipulam a luz.

Já nos minerais, as cores geralmente resultam da composição química e da presença de certos elementos. O céu azul e os oceanos, por outro lado, devem suas cores à dispersão da luz.

Em meio a isso tudo, as cores que enxergamos são o resultado da reflexão e absorção da luz em diferentes comprimentos de onda. Quando a luz branca incide sobre um objeto, suas moléculas absorvem algumas frequências de luz e refletem outras.

A luz refletida é aquela que percebemos como a cor do objeto. Por exemplo, uma folha parece verde porque absorve a maior parte da luz vermelha e azul, refletindo principalmente a luz verde.

Mas existe um mistério que se impõe: por qual motivo a cor azul é tão rara na natureza, enquanto cores “irmãs” como amarelo, vermelho e principalmente verde são tão abundantes? Vamos descobrir a resposta a seguir.

A ararinha-azul é um dos poucos animais azuis “de verdade” – Imagem: reprodução

Explicações para a escassez da cor azul na natureza

A razão para a raridade do azul está enraizada em complexos fatores biológicos e químicos. Nos animais, a produção de pigmentos azuis é pouco comum.

Muitos animais que parecem azuis, como o pavão ou as borboletas Morpho, na verdade, não possuem pigmentos azuis. Em vez disso, suas cores são produzidas por estruturas microscópicas que manipulam a luz através de interferência e difração.

Um dos raros exemplos de pigmentação azul verdadeira em animais é encontrado em algumas espécies de rãs venenosas da Amazônia, como a Dendrobates azureus.

Nas plantas, o azul também é escasso. Poucas flores são naturalmente azuis, com a maioria delas exibindo essa cor devido à presença de antocianinas, pigmentos que podem aparecer em várias cores, dependendo do pH celular. Exemplos incluem a flor de hortênsia (Hydrangea macrophylla) e a flor de centáurea (Centaurea cyanus).

Quanto aos minerais, ainda menos têm uma cor azul verdadeira. Na verdade, alguns animais têm partes do corpo azuladas, mas quase nenhum é totalmente azul.

A cor azul em minerais é geralmente causada pela presença de elementos como o cobre. Exemplos notáveis são a azurita e a lápis-lazúli, ambos apreciados desde a antiguidade justamente por suas tonalidades vibrantes.

Por fim, vale frisar que o azul do céu é resultado da dispersão da luz solar pela atmosfera, em um fenômeno conhecido como dispersão de Rayleigh.

No oceano, o azul é devido à absorção da luz vermelha pela água e à dispersão do restante da luz.

Você sabia de todas essas curiosidades científicas sobre a cor azul?

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