Você tem uma ‘voz na cabeça’? Isso é mais comum do que imagina

É a nossa consciência ou só um artifício do cérebro? Entenda o mecanismo por trás do nosso "monólogo interno".

Você já se pegou conversando sozinho? Tendo diálogos imensos sobre possibilidades ou repassando acontecimentos do dia a dia com uma voz na sua cabeça? Saiba que não está ficando louco e nem está sozinho. Na verdade, este fenômeno é bastante comum.

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Você tem uma voz na sua cabeça? Saiba que não está sozinho!

Por muito tempo, os cientistas acreditavam que era impossível manter este “monólogo interno” consigo mesmo. Entretanto, estudos recentes mostraram que isso é mais comum do que se imagina.

E a explicação para isso não envolve nenhum dano neurológico ou distúrbio psiquiátrico. Não há motivo para se alarmar. Segundo pesquisadores, esta é apenas uma das muitas maneiras que as pessoas têm de processar os pensamentos ou sentimentos.

E isso não é só coisa de adulto, não! Estudos recentes sugerem que crianças de 18 a 21 já começam a “conversar internamente” antes de projetar a fala.

“Sou dependente de você”

Um estudo da Universidade de Nevada (EUA), feito em 1990, se debruçou sobre o quão dependentes somos da voz na nossa cabeça. Os voluntários da pesquisa foram munidos de um bipe e solicitados que sempre anotassem o que estavam pensando no momento em que o dispositivo tocasse.

Quando foram revisar os resultados, os pesquisadores perceberam que algumas pessoas só tinham monólogos internos toda vez que o bipe tocava. Eles compararam a sensação como ter um rádio dentro da cabeça.

Entretanto, um outro grupo de pessoas quase não tinha diálogos consigo mesmos, alguns menos do que o normal.

Quem tinha o doce silêncio na cabeça, ao invés de fala, descreveu algumas imagens ou sensações. Estas pessoas, em algum momento, também foram associadas com a condição de afantasia – quando alguém não consegue ou tem muita dificuldade de imaginar ou visualizar imagens da mente.

Pensamento que vai longe

Conforme pontuou o Laboratório de Psicologia e Neurocognição do CNRS, a voz na cabeça tem três dimensões. A primeira delas é a dialogalidade, por isso as conversas são tão profundas e complexas em alguns momentos.

Depois, temos a condensação. Aqui, os cientistas mediram o quão “verborrágico” é o monólogo – ou seja, se você fala demais sem chegar a nenhum ponto.

A terceira e última dimensão da nossa voz interior é a intencionalidade. É quando você conversa sozinho de propósito ou por acaso.

Como são as três dimensões da voz na sua cabeça? Aposto que você vai responder conversando com ela!

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