WhatsApp pode ser bloqueado no Reino Unido e motivo é surpreendente
Caso lei em trânsito seja aprovada, aplicativo deixará de ser uma opção de comunicação em países como Inglaterra e Escócia.
Uma nova lei em trânsito no Reino Unido pode levar a um fim dramático ao WhatsApp nos países da Europa: o aplicativo pode ser bloqueado. De acordo com o texto, a nova lei – que ainda está em análise pelo parlamento – vida diversos pontos. O principal deles é combater de forma mais ativa a pornografia infantil.
Para isso, o app teria que abrir mão de um se seus recursos de segurança mais importantes: a encriptação de ponta-a-ponta. Por isso, Will Cathcart, chefe do WhatsApp dentro da Meta, se pronunciou sobre o assunto. Afinal, a decisão pode afetar a segurança de usuários de países como Inglaterra e Escócia. O executivo disse que prefere que o aplicativo “seja bloqueado na região, do que comprometer privacidade de mensagens encriptadas”.
WhatsApp prefere ser bloqueado que remover encriptação
A encriptação de ponta-a-ponta passou a ser um dos principais focos do WhatsApp para promover seu serviço, mostrando que ele é seguro. O Signal também é uma opção que oferece configurações de privacidade em múltiplas camadas, garantindo que seja extremamente difícil acessar o conteúdo de mensagens privadas. O problema é que essas medidas não fazem distinção do conteúdo das conversas.
Combate à pornografia infantil e privacidade em aplicativos de mensagem
Segundo dados do governo britânico e fundações de proteção a crianças e adolescentes, a pornografia infantil cresceu muito nos últimos anos. Por isso, o texto da Carta de Segurança Online traz como possíveis medidas obrigar aplicativos de mensagem a escanear e armazenar o conteúdo de mensagens privadas.
Isso cria uma enorme margem para que criminosos atuem livremente, por estarem protegidos pelos termos de privacidade dos aplicativos de mensagem. Desta forma, o WhatsApp prefere ter o aplicativo bloqueado.
Caso a lei seja aprovada, ela pode exigir que empresas de comunicação utilizem tecnologias certificadas para monitorar mensagens, identificando ativamente conteúdo ilícito. O argumento de Cathcart, e de parlamentares que se opõem ao texto atual, é que ele abre precedente para implementação de ferramentas mais invasivas de controle da informação.
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