5 regiões do Brasil podem sumir do mapa até 2100; entenda
As informações são de um estudo recente.
O aquecimento global e as mudanças climáticas têm desempenhado um papel crucial na elevação dos níveis dos mares, colocando em risco áreas costeiras em todo o mundo.
Esse aumento das temperaturas globais está levando ao derretimento das geleiras, sobretudo no Polo Norte, e à expansão térmica dos oceanos, fenômenos que contribuem para a elevação do nível do mar.
Em consequência, áreas costeiras, que abrigam milhões de pessoas, estão sob ameaça de submersão.
Um estudo recente realizado pela Climate Central revelou que cinco estados brasileiros poderão ter partes significativas de suas áreas costeiras submersas até o final deste século.
Áreas do território brasileiro em risco
Muitas áreas do Brasil podem enfrentar o mesmo problema agora visto no Rio Grande do Sul, só que de forma permanente. Imagem: reprodução
De acordo com a pesquisa da Climate Central, os estados do Rio de Janeiro, Pará, Amapá, Maranhão e Rio Grande do Sul estão entre os mais vulneráveis no Brasil no que diz respeito ao alagamento de áreas costeiras.
Vamos detalhar cada um a seguir.
Rio de Janeiro
No estado do Rio de Janeiro, várias cidades costeiras poderão ser gravemente afetadas pela elevação dos níveis dos oceanos.
A Ilha do Governador e o bairro de Campos Elísios, em Duque de Caxias, correm sério risco de ser engolidos pelo mar. Além da capital, outras cidades como Campos dos Goytacazes e Cabo Frio também serão atingidas.
Pará
O Pará é outro estado que será impactado pelo avanço do mar. A famosa Ilha de Marajó, por exemplo, poderá ter quase toda sua extensão submersa.
Igualmente, as cidades de Belém, a capital, e Bragança terão áreas seriamente afetadas.
Amapá
No Amapá, a Reserva Biológica do Lago Piratuba e a Ilha de Maracá podem ficar embaixo d’água até 2100.
O mesmo pode acontecer com a cidade de Oiapoque e algumas partes da capital, Macapá, que podem ser afetadas pela elevação do Rio Amazonas.
Maranhão
No Maranhão, estima-se que as ilhas de Santana e Carrapatal devem estar no fundo do Oceano Atlântico até o final deste século.
Determinada área da costa de São Luís e o famoso Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses também poderão ficar parcialmente encobertos pelas águas até 2100.
Rio Grande do Sul
No Sul do país, o estado do Rio Grande do Sul, que tem enfrentado alagamentos em larga escala, deve ver grande parte de sua capital, Porto Alegre, definitivamente encoberta pelas águas até 2100, se as previsões da Climate Central se concretizarem.
Além de POA, cidades gaúchas importantes, como Pelotas e Canoas, poderão ficar submersas nas próximas sete décadas, assim como as ilhas de Torotama e Machadinho.
Embora esses sejam os estados mais alarmantes segundo a Climate Central, praticamente todo o litoral brasileiro pode ser afetado pela elevação do nível do mar.
Um mapa interativo disponibilizado pela empresa mostra que diversas outras áreas costeiras estão em risco, indicando uma ameaça generalizada para o país.
Existem medidas preventivas cabíveis?
Para mitigar os impactos da elevação do nível do mar, é essencial adotar uma combinação de medidas de adaptação e contenção.
A construção de barreiras contra inundações, o planejamento urbano adaptativo e a restauração de ecossistemas costeiros são algumas dessas ações cruciais.
Além disso, é fundamental reduzir as emissões de gases de efeito estufa para desacelerar o aquecimento global.
De qualquer forma, apenas políticas públicas robustas e investimentos em infraestrutura resiliente podem tornar esses intentos realidade, com o intuito de proteger milhões de pessoas que vivem em áreas vulneráveis.
Inclusive, a conscientização e a preparação da população também são vitais para enfrentar esse desafio climático iminente e evitar tragédias anunciadas, como a que acometeu o Rio Grande do Sul recentemente.
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