7 filmes para discutir a adolescência
Conheça alguns filmes que levantam importantes discussões a respeito de uma das fases mais conflituosas da vida.
Passar pela adolescência nem sempre é uma tarefa fácil. Ao mesmo tempo que a mente está mudando e amadurecendo, a pessoa se vê em um turbilhão de hormônios, que afetam, além do corpo, relacionamentos pessoais e a própria forma de lidar consigo e com o outro.
Em meio a conflitos com a família, relacionamentos tumultuados, sensação de não pertencer a lugar algum e dificuldade de se aceitar, as pessoas ainda precisam aprender a lidar com todas as dificuldades de um período de transição.
O Escola Educação selecionou alguns filmes que tratam de questões importantes sobre a adolescência e como ela pode, ao mesmo tempo, ser extremamente difícil e repleta de descobertas fantásticas.
1. As Vantagens de Ser Invisível (2012)
As Vantagens de Ser Invisível é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito pelo autor Stephen Chbosky em 1999. Brilhantemente estrelado por Logan Lerman, Ezra Miller e Emma Watson, a obra conta a história de Charlie, que é um adolescente depressivo e está tentando superar o suicídio de seu melhor amigo.
Tentando esquecer os traumas que marcaram sua vida, Charlie vai para o primeiro dia de aula em busca de mudar o rumo de sua vida. Assim, ele conhece dois veteranos que o aceitam e vão inseri-lo em um mundo cheio de descobertas e novos relacionamentos. Através dessa jornada, Charlie tenta se conhecer, ao mesmo tempo que anseia por deixar o passado para trás.
2. As Melhores Coisas do Mundo (2010)
Um dos filmes brasileiros da lista, o longa As Melhores Coisas do Mundo, da cineasta Laís Bodanzky (mesma de Bicho de Sete Cabeças) é capaz de proporcionar uma série de reflexões a respeito dessa fase.
Ambientado em um colégio paulista onde os alunos são originários da classe média, o jovem Mano (Francisco Miguez), ao mesmo tempo que passar por problemas em sua vida pessoal, vê sua estrutura familiar desabar quando seu pai assume ser homossexual e deixa o lar para viver um novo relacionamento
Bullying, revenge porn, primeira relação sexual, depressão, suicídio, preconceito e relacionamento familiar durante a adolescência são algumas das questões que o filme levante para serem debatidas.
3. Meninas Malvadas (2004)
Meninas Malvadas, assim como a maioria dos filmes adolescentes dos Estados Unidos, retrata as dificuldades do “high school” e como as pessoas podem ser cruéis com quem é considerado diferente.
Cady (Lindsay Lohan) é uma jovem que foi educada em casa e que acaba de voltar de países da África com seus pais. Ela começa a estudar em um colégio tradicional. A princípio ela fica amiga de outros colegas, também excluídos, mas ambição é fazer parte do grupo das meninas mais populares.
Ela alcança o objetivo, mas neste momento percebe que as coisas não são exatamente da mesma maneira que ela esperava que fossem.
O filme trata de questões importantes, despertadas principalmente nas mulheres desde muito cedo. A competição feminina é uma realidade ainda mais acirrada durante a adolescência, uma vez que neste período a busca por aceitação e pertencimento é ainda maior que em outras etapas da vida.
4. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
Outro brasileiro na lista, o longa Hoje Eu Quero Voltar Sozinho tem origem no curta de nome bastante semelhante Eu Não Quero Voltar Sozinho, que fez tanto sucesso que acabou sendo estendido.
O drama conta a história de Leonardo (Guilherme Lobo), um jovem com deficiência visual, que é alvo de bullying na escola e tem uma única amiga, Giovana (Tess Amorim). A história começa a mudar com a chegada de um novo colega, Gabriel (Fabio Audi).
Logo os três se aproximam e se tornam amigos. Entretanto, entre Leonardo e Gabriel novos sentimentos começam a surgir. O filme trata principalmente de representatividade, de uma forma muito poética e nada clichê.
5. A Mentira (2010)
Olive (Emma Stone) é uma das alunas que passam despercebidas no cotidiano de uma uma escola americana, repleta dos estereótipos típicos desses filmes. Em busca de se enquadrar nos padrões e aceita, ela mente sobre ter transado com um colega. A história ganha uma reviravolta e ela passa a ser considerada a maior promíscua da escola.
A mentira toma proporções inimagináveis quando outros jovens, também sem popularidade, buscam ajuda de Olive para mentir a respeito de sexo, e assim, entrar no radar das pessoas populares.
O filme protagonizado por Emma Stone é um excelente ponto de partida para a discussão de “slut-shaming”, que é a prática de usar a sexualidade de uma mulher para envergonhá-la, o que acontece principalmente durante a adolescência.
6. Clube dos Cinco (1985)
Clube dos Cinco é um clássico do cinema. Com muitas características do cinema adolescente dos anos 80, a produção ainda tem muito a ensinar, principalmente em relação ao respeito à diferença.
O filme de John Hughes tem Molly Ringwald como uma das protagonistas, e se passa em uma escola norte americana. Cinco estudantes com diferentes personalidades são obrigados a ficar juntos em uma detenção aplicada por um professor. Durante o confinamento eles percebem que nem tudo é exatamente como parece ser.
O próprio trailer do filme, propositalmente, ao classificar os personagem como “um gênio, uma beldade, um atleta, um rebelde e uma reclusa” nos dá um insight sobre as possíveis discussões levantadas pelo longa.
7. Quase 18 (2017)
Este filme pode ser considerado o retrato de uma geração. Protagonizado pela excelente Hailee Steinfeld, que interpreta a jovem Nadine, ele é capaz de reunir diversas questões sobre a adolescência em uma única obra.
Nadine é uma aluna do ensino médio que encontra dificuldades em fazer parte do seu ciclo social, justamente pela falta de identificação. Essa situação fica ainda pior, quando sua melhor, e única, amiga se envolve em um relacionamento com seu irmão mais velho.
Quase 18 trata de questões importantes, como a sensação de não pertencimento, as dificuldades em lidar com o próprio corpo e a transição da adolescência para a vida adulta.
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