Pesquisa mostra que trabalhadores mais velhos ainda sofrem preconceito no Brasil

Com a mudança etária do país, estamos cada vez mais contando com trabalhadores mais velhos no mercado de trabalho. Porém, em meio aos dados de que, 26% da população brasileira tem mais de 50 anos, e que estas pessoas precisam trabalhar, ainda há muito preconceito na hora da contratação de profissionais dessa idade.

Leia Mais: CLT representa 40% dos trabalhadores no Brasil

Diante desse cenário, a EY Brasil resolveu criar uma pesquisa, onde 191 empresas foram entrevistadas, analisando 13 setores diferentes. O resultado encontrado é que a maioria das empresas (78%) eram etaristas. Um dos maiores exemplos, é que 80% das empresas participantes não contavam com políticas contra discriminação no processo seletivo.

Além de não ter políticas sobre o assunto no processo seletivo, 33% das empresas não possuem sequer ações voltadas para o tema. Das empresas que possuem ações, a maioria delas é voltada para grupos de afinidade e palestras de conscientização.

É visto que muitas empresas aderem à aposentadoria compulsória, que acaba incentivando a aposentadoria de empregados mais velhos, para afastar a presença sênior do ambiente da empresa. E o que mais impacta nestes dados, é que a maioria dos líderes tem mais de 50 anos, mas não conseguem perceber a importância de levantar esse tema, já que 30% diz que não o consideram como prioridade na empresa.

Falando em prioridade, assuntos como inclusão, diversidade e equidade não são estratégias prioritárias para 42% das empresas. Das empresas que acham importante criar estratégias para as minorias, apenas 45% levam em conta a questão etária, contra 75% das empresas que se preocupam com a questão étnica e de gênero.

O Brasil é um país que está envelhecendo de forma rápida, e os dados mostram que em 2040 mais da metade da mão de obra terá mais de 45 anos. É preciso olhar para esse tema e criar estratégias que amparem esse tipo de trabalhador, já que lá na frente são estes que estarão disponíveis para as vagas.