iPhones são monitorados pela empresa de Mark Zuckerberg; usuários processam o grupo Meta
O grupo Meta, responsável por controlar o Facebook, Instagram e WhatsApp, rastreia atividades de usuários do iPhone.
Com o objetivo de oferecer mais privacidade aos usuários, a Apple desenvolve ferramentas para reduzir atividades de aplicativos que rastreiam o celular sem o devido consentimento das pessoas. No entanto, o grupo Meta, de Mark Zuckerberg, encontrou um jeito de driblar essa proibição e, nos Estados Unidos, usuários insatisfeitos estão movendo processos contra a empresa.
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No relato dos três utilizadores do iPhone e do site Facebook, que deu origem a uma ação coletiva contra o grupo Meta, estão as informações de que a empresa adota práticas ilegais para driblar a opção de privacidade disponível nos celulares da Apple.
Como resultado, o grupo consegue ter acesso a todas as atividades dos usuários em aplicativos de terceiros e em sites da web. Textos digitados estão entre os dados interceptados pelo grupo Meta, inclusive informações relacionadas a dados pessoais sensíveis.
Especialista em cibersegurança dá um alerta aos usuários
Felix Krause, que atua na área de segurança cibernética, fez uma descoberta sobre a prática de monitoramento do grupo Meta. Segundo ele, os navegadores do Facebook e Instagram conseguem monitorar as atividades dos usuários em razão de um código contido em todas as páginas carregadas por esses aplicativos.
Naturalmente, a empresa se defende e informa que segue todas as diretrizes de segurança e de privacidade dos usuários. Afirma, ainda, que o código existe, mas depende do consentimento dos consumidores e é utilizado para direcionar anúncios e estudar outras métricas.
Perda de US$10 bilhões faz o grupo Meta driblar configurações de privacidade
Segundo relatório do grupo Meta, mais de 10 bilhões de dólares foram perdidos no primeiro trimestre de 2022. Para a empresa, a queda de receita se relaciona com a implementação pela Apple do App Tracking Transparency.
Essa nova funcionalidade, disponível a partir do iOS 14.5, requer o consentimento do usuário para que os desenvolvedores de apps possam monitorar as atividades dos consumidores em outros aplicativos. No entanto, mais de 60% das pessoas recusam essa prática.
O resultado é que boa parte dos lucros do grupo Meta advém da entrega de anúncios personalizados para os usuários. Assim, com a proibição, eles não tem acesso ao que os utilizadores de apps fazem, e isso dificulta a oferta de anúncios, com consequência na receita da empresa.
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