Teoria do apego: entenda o que é e como ela afeta as relações

Podemos encontrar em textos, vídeos, livros, filmes, séries e novelas questões sobre os relacionamentos humanos, e é com base nos relacionamentos que as visões de mundo são formadas. Identificar comportamentos nas relações interpessoais é a origem da formação de traços de personalidade. Dessa forma, a família tem papel fundamental na estabilidade de laços afetivos, por isso, entenda o que é e como a teoria do apego afeta as relações.

Conheça a teoria do apego e a maneira como os vínculos surgem dela

No final da década de 1980, psicanalistas aplicaram a teoria do apego em relacionamentos adultos. A teoria do apego é um estudo psicológico que descreve as relações interpessoais, ela tenta explicar como a relação pai-filho influencia nos relacionamentos futuros.

Criar laços é vital para a saúde do ser humano, tanto física como psicológica. Somos seres sociáveis, precisamos estar comumente inseridos em ambientes coletivos. A ligação afetiva se inicia na infância – o bebê busca o cuidador para ter a sensação de segurança.

Quando crescemos, mantemos contato com outros adultos e iniciam-se os relacionamentos românticos, que, em muitas vezes, por conta de lacunas na infância, se assemelham à relação entre criança e ao cuidador. Com esses estudos, os psicanalistas chegaram à conclusão de que existem padrões de vínculos construídos por adultos. São esses:

1. Apego seguro

Possuem opiniões positivas e saudáveis sobre seu relacionamento. Sabe se comunicar e tem uma escuta ativa, consegue lidar com as desavenças da vida e encará-las como algo natural. Isso significa que, quando menor, tiveram uma infância segura com os pais e seus sentimentos sempre foram validados.

2. Apego ambivalente

São pessoas que dependente do seu parceiro. Constantemente precisam de aprovação do parceiro e questionam sempre seu valor pessoal. A garantia de que se é amado e necessário na vida do outro é algo comum a ser questionado no relacionamento. Isso pode significar que os pais geralmente estavam sobrecarregados com outros compromissos fazendo com que a criança não percebesse seu valor.

3. Apego evitante

Pessoas que desejam um alto nível de independência, se veem como autossuficientes e que não precisam de outras pessoas, recusam qualquer vínculo mais íntimo. Isso significa que os pais ensinaram a não confiar em ninguém, tornando a criança egocêntrica.