Moda nada confortável: 4 peças 'estilosas' do passado mais pareciam tortura; veja
Houve uma época em que se precisava sofrer para estar 'na moda'. Veja estas quatro tendências que eram super prejudiciais.
A moda não é algo exclusivo da história contemporânea. As tendências de roupas, acessórios, cabelos e maquiagem já existem há milênios.
A diferença é que hoje se fala em uma moda que dá conforto ao seu corpo. Algo que há alguns séculos não era tão discutido assim. Inclusive, alguns acessórios antigos mais pareciam tortura para quem usava.
Por exemplo, no Antigo Egito você poderia se intoxicar com chumbo por causa de uma maquiagem simples. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais sobre esse lado “sombrio” da antiga moda.
Moda: 4 acessórios da antiguidade que eram perigosos para quem usava
1. Delineador kohl
(Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)
Já que puxamos esse gancho, vamos falar sobre essa moda tóxica do Antigo Egito: o delineador kohl. Ele era o “queridinho do momento” de todas as classes sociais, pois realçava os olhos e também os protegia do sol da região.
Assim como acontece hoje, os mais nobres tinham condições de pagar por um produto de mais qualidade para fazer o delineado, enquanto os mais pobres faziam uma versão “paralela” da make.
Para isso, misturavam fuligem com alguns aditivos químicos — às vezes galena, um mineral que continha sulfeto de chumbo.
Para maquiar-se, as pessoas passavam o composto na saliva, ingerindo dessa forma o chumbo. E, como sabemos hoje, essa é uma substância muito tóxica.
Assim, muita gente morreu envenenada a longo prazo — ou teve alguns sintomas de envenenamento como dores, perda de memória ou pressão alta.
2. Perucas
(Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)
Calma, não precisa se desfazer da sua lace. Estamos falando das perucas empoadas, aquelas bem cheias e volumosas que os nobres da antiga Inglaterra gostavam de utilizar.
Na época, muita gente usava o adereço para esconder as cabeças carecas, uma consequência de uma pandemia de sífilis que se alastrou na Europa. E quanto maior a peruca, mais status e dinheiro o nobre tinha.
O problema é que as pessoas tinham que deixar a cabeça sempre raspada e, na teoria, teriam que higienizar as perucas com frequência, o que não ocorria.
3. Penteado fontange
(Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)
Ainda no ambiente capilar, houve uma época em que as mulheres da alta classe se tornaram adeptas do penteado fontange — nome dado em homenagem à Marquesa Fontange.
Durante o século XVII, ela foi amante do rei Luís XIV da França, mas isso é assunto para outro momento.
Voltando aos cabelos, o penteado precisava de uma aba de arame colocada na parte de trás da cabeça. Na frente, ele era adornado com tecidos de luxo, rendas, laços e até mesmo penas.
O resultado era um adereço extremamente pesado e difícil de se equilibrar na cabeça. Algumas pessoas, inclusive, se empolgavam demais e faziam enfeites muito grandes.
Uma dama, em 1711, faleceu porque seu penteado encostou em um lustre e pegou fogo. Além disso, com o peso na cabeça, elas corriam o risco de quebrar o pescoço. Já pensou nisso?
4. Sapato chopine
(Foto: Wikimedia Commons/Reprodução)
Falando em acessórios “das alturas”, entre os séculos XV e XVII, o sapato chopine era considerado a última moda da Europa.
Tratava-se de um calçado de plataforma extremamente alta que poderia conferir até 50 cm a mais de altura para quem o usava (em casos muito raros, é claro).
Além de dificultarem o equilíbrio e serem a receita para uma queda digna de “Videocassetadas”, os sapatos não eram funcionais. Era difícil andar com eles e machucavam muito os pés.
Várias vezes, as pessoas caminhavam com servos ao seu lado para ajudá-las a se locomover com os calçados.
Em um dado momento da história, os governos de alguns países europeus chegaram a criar leis para limitar o tamanho dos sapatos, de modo a torná-los menos desconfortáveis.
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