Por que Geração Z e Millennials evitam atender ligações telefônicas?

Estudos apontam que gerações Z e Millennials preferem mensagens de texto.

A modernidade tem diversas facetas peculiares, e uma delas é o abandono gradual das chamadas telefônicas, que há poucas décadas representavam uma inovação tecnológica impactante.

O que antes era visto como uma maravilha da tecnologia, agora parece estar perdendo espaço para as mensagens de texto, especialmente entre as gerações mais jovens.

Recentemente, uma pesquisa encomendada pelo site Uswitch entrevistou cerca de 2 mil jovens das gerações Z (nascidos entre 1995 e 2010) e Millennials (nascidos entre 1981 e 1995) para entender a relação deles com as chamadas telefônicas.

Os resultados mostraram que 70% desses jovens preferem trocar mensagens de texto (com a opção de áudios quando necessário), enquanto 25% afirmaram nunca ter atendido uma chamada telefônica.

Tais números refletem uma mudança significativa nos hábitos de comunicação, impulsionada por novas tecnologias e a preferência por interações mais rápidas e menos intrusivas.

Pesquisa do Uswitch e seus porquês

Embora a pesquisa da Uswitch não seja a única sobre o tema, ela oferece insights valiosos sobre as preferências de comunicação das gerações mais jovens.

A tendência de evitar chamadas telefônicas pode ser atribuída à praticidade das mensagens de texto, que permitem manter uma conversa sem a pressão de responder imediatamente ou de ficar preso em longas conversas.

Além disso, as mensagens podem ser trocadas enquanto são realizadas outras atividades, tornando a comunicação mais eficiente e menos disruptiva.

Para a geração Z, falar ao telefone é chato – Imagem: reprodução

Tal mudança começou há cerca de três décadas com o SMS, evoluiu para os chats online e, hoje, é consolidada com o uso de aplicativos como WhatsApp, Telegram e Instagram.

Esses softawates não apenas facilitaram a troca de mensagens, mas também ofereceram alternativas como áudios e vídeos, que substituem a necessidade de chamadas telefônicas em muitos contextos.

Para a geração Z, em particular, que cresceu rodeada por essas tecnologias, enviar uma mensagem é visto como algo mais natural do que fazer uma ligação.

Por outro lado, é provável que uma pesquisa semelhante conduzida com pessoas nascidas antes de 1981, ou seja, anteriores aos Millennials, revelasse uma preferência oposta.

Aqueles que têm hoje entre 40 e 60 anos presenciaram o surgimento e a popularização das chamadas telefônicas, adotando-as como o padrão de comunicação à distância.

Para esse grupo, o ato de ligar para alguém ainda carrega um peso cultural e emocional significativo.

O futuro das chamadas telefônicas

Mas será que as chamadas telefônicas estão fadadas a desaparecer? A resposta é não, pelo menos por enquanto.

Embora consideradas cansativas por muitos jovens, as chamadas ainda são amplamente utilizadas e preferidas por uma parte significativa da população.

Além disso, as chamadas telefônicas se tornaram mais versáteis com o advento da internet e a popularização das videochamadas, oferecendo novas formas de comunicação que vão além da simples voz.

Portanto, apesar da tendência atual, é improvável que as chamadas telefônicas se tornem tão obsoletas quanto o SMS.

Ao contrário, é possível que nas próximas décadas testemunhemos a evolução desse meio de comunicação, com novas tecnologias que tornarão as chamadas mais integradas e funcionais.

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