Descubra o segredo da psicologia para eliminar pensamentos ruins
É possível reprogramar pensamentos catastróficos com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental.
Pensamentos catastróficos são mais comuns do que imaginamos. Eles surgem como pequenas faíscas, geralmente originadas de preocupações cotidianas, e rapidamente se transformam em incêndios mentais, distorcendo a realidade e gerando uma avalanche de ansiedade.
Esse tipo de pensamento, muitas vezes automático, é caracterizado por imaginar o pior cenário possível em qualquer situação, mesmo quando não há evidências concretas para isso.
Como se formam os pensamentos catastróficos?
De acordo com a psicóloga Julie Smith, pensamentos catastróficos podem ser comparados a cenas de um filme de terror mental.
A mente, em uma tentativa de nos proteger de possíveis ameaças, projeta o pior cenário. Tal mecanismo, apesar de ter uma função de sobrevivência, pode sair de controle, levando a um ciclo de estresse e ansiedade.
Imagine que você está esperando uma resposta de trabalho importante, e seu chefe demora mais que o habitual para responder.
A mente catastrófica começa a funcionar e se questionar: “Será que meu trabalho foi horrível? Vou ser demitido?”. Esse tipo de pensamento exagerado faz parte do processo conhecido como cognição automática negativa. Ele tem três etapas principais:
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Um pensamento neutro é ampliado para algo negativo;
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O pensamento negativo é repetido e ganha força;
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Surge a sensação de desamparo, como se o pior cenário fosse inevitável.
Esse ciclo pode ocorrer várias vezes ao longo do dia, alimentando preocupações infundadas e, eventualmente, afetando o bem-estar emocional e físico da pessoa.
A técnica da reformulação cognitiva
Felizmente, há uma maneira de lidar com esses pensamentos de forma eficaz: a técnica de reformulação cognitiva, utilizada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Essa abordagem ajuda a identificar, questionar e transformar pensamentos negativos automáticos em interpretações mais realistas e equilibradas da realidade.
Segundo a psicóloga Lizandra Arita, tal técnica visa reprogramar o cérebro para pensar de forma mais saudável e produtiva, promovendo um maior equilíbrio emocional. A reformulação cognitiva pode ser dividida em três passos simples.
Identificar o pensamento automático
O primeiro passo é tomar consciência dos pensamentos automáticos negativos. Isso pode ser feito com o simples exercício de auto-observação, reconhecendo quando surgem ideias irracionais ou distorcidas.
Questionar o pensamento
Depois de identificar o pensamento negativo, o próximo passo é questioná-lo. Pergunte-se: “Esse pensamento é baseado em fatos ou em suposições?”.
Muitas vezes, você descobrirá que tais ideias estão baseadas em medos infundados e não refletem a realidade.
Substituir o pensamento
O passo final é substituir o pensamento negativo por um mais equilibrado e realista.
Por exemplo, em vez de pensar que será demitido, por exemplo, você pode reformular para um pensamento como: “Posso estar preocupado com minha performance, mas não há evidências de que serei demitido”.
Tal técnica é extremamente eficaz porque permite que você treine sua mente para responder de maneira mais adaptativa a situações que, antes, causariam estresse ou ansiedade.
Com o tempo, isso pode se tornar um hábito, transformando a maneira como você lida com os desafios do dia a dia.
A importância da prática constante
Embora a reformulação cognitiva possa parecer simples em teoria, é a prática constante que garante seus benefícios a longo prazo.
A psicóloga Lizandra Arita ressalta que, com o tempo, essa técnica se torna uma habilidade aprendida no consultório que pode ser usada fora dele, ajudando a pessoa a lidar melhor com situações estressantes ou que causam desconforto emocional.
A chave para reprogramar pensamentos ruins é manter a prática constante, desafiando-os sempre que surgirem.
Contudo, os pensamentos catastróficos jamais devem ser vistos de forma leviana e se estiverem afetando sua qualidade de vida de forma significativa, o acompanhamento de um profissional de saúde mental é altamente recomendado.
*Com informações de MinhaVida, Wikipedia e Well and Good.
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