Se não quiser ter filhos mimados, é melhor parar de dizer ESTAS frases agora

Frases simples podem, sem querer, contribuir para criar comportamento mimado em crianças; saiba como substituí-las.

A forma como nos comunicamos com nossos filhos influencia diretamente seu comportamento e entendimento de limites. Embora muitas frases sejam ditas com boas intenções, elas podem ter o efeito oposto ao desejado, levando ao desenvolvimento de comportamentos mimados.

Aparentemente inofensivas, essas falas podem minar a capacidade das crianças de lidar com frustrações e de entender responsabilidades.

Especialistas em psicologia infantil, como Eileen Kennedy-Moore, apontam que frases cotidianas, ditas em momentos de impaciência ou por conveniência, podem acabar ensinando às crianças que a persistência ou a manipulação levam a resultados positivos para elas.

Esse tipo de comportamento pode ser prevenido com a substituição de expressões que, de maneira sutil, promovem uma criação mais equilibrada.

7 frases que podem estar mimando o seu filho

1. “Eu pego outro para o seu amigo.”

Quando incentivamos a resolução de conflitos entre crianças com soluções rápidas, como oferecer outro brinquedo para um amigo, em vez de ensinar a compartilhar, estamos perdendo a oportunidade de promover habilidades sociais importantes.

Ao invés de distrair a criança com outro objeto, é essencial ensiná-la a lidar com a frustração de compartilhar.

2. “Já falei para você fazer isso 100 vezes.”

Repetir instruções incessantemente sem consequências efetivas treina as crianças a ignorar os pedidos até o último momento. Esse hábito demonstra que, mesmo sem obedecer de imediato, não haverá uma consequência clara.

A solução aqui, conforme aponta Kennedy-Moore, é garantir a atenção total da criança antes de dar uma instrução e aplicar uma consequência se ela não for seguida.

3. “Tá bom! Só desta vez.”

Essa frase é uma armadilha comum para pais exaustos. Quando uma criança pede algo repetidamente, ceder parece ser a solução mais rápida para encerrar uma birra. No entanto, essa atitude ensina à criança que os limites podem ser facilmente alterados se houver insistência suficiente.

Segundo a psicóloga Ann-Louise Lockhart, isso pode fazer com que a criança comece a testar constantemente os limites, esperando que suas vontades prevaleçam.

A solução? Mantenha sua decisão e, se necessário, explique de forma curta e clara a razão por trás do não.

4. “Pode pegar agora.”

Ceder imediatamente às demandas dos filhos, sem introduzir a ideia de espera, pode prejudicar a paciência das crianças. Quando uma criança pede algo, como um brinquedo ou um doce, e o recebe de imediato, sem aprender a esperar, ela tende a desenvolver uma falta de controle sobre seus desejos.

Como destaca a educadora Michele Borba, ensinar a esperar, mesmo que por alguns minutos, ajuda a criança a lidar melhor com frustrações e a entender que nem tudo acontece no seu tempo.

5. “Prometa que vai se comportar depois.”

Essa frase frequentemente aparece em situações nas quais os pais querem evitar conflitos no momento presente. Entretanto, fazer acordos futuros com crianças raramente funciona.

Segundo a psicóloga Eileen Kennedy-Moore, a criança não consegue entender a conexão entre prometer um bom comportamento futuro e suas ações imediatas.

Em vez disso, opte por lidar com as situações no momento e incentive o bom comportamento por meio de exemplos práticos.

6. “Se você for bonzinho, ganha um presente.”

Recompensar o bom comportamento é uma prática válida. No entanto, se utilizada com frequência, pode criar uma mentalidade transacional na criança, fazendo-a acreditar que só deve se comportar bem em troca de algo.

Esse tipo de frase promove uma noção de que tudo tem um preço, em vez de ensinar o valor intrínseco de atitudes corretas. Em vez de prometer recompensas constantes, elogie o esforço e a cooperação, reforçando as consequências naturais de ações positivas.

7. “Você não precisa fazer isso se não quiser.”

Embora pareça uma atitude compreensiva, permitir que as crianças evitem responsabilidades, como tarefas domésticas ou compromissos, transmite a ideia de que podem fugir de obrigações quando não se sentem dispostas.

Esse comportamento prejudica a noção de responsabilidade e a capacidade de lidar com situações desconfortáveis. Uma alternativa é permitir a expressão dos sentimentos da criança, mas lembrá-la do compromisso assumido.

*Com informações de HuffPost.

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