Relatório sugere reformulação do ensino superior no Brasil

Para abordar o cenário educacional brasileiro e seus desafios, a Academia Brasileira de Ciências elaborou um relatório intitulado “Um olhar sobre o ensino superior no Brasil”.

O lançamento do documento ocorreu na quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, e apresenta várias propostas inovadoras.

Entre as sugestões, destaca-se a criação de faculdades federais, que prometem ser mais dinâmicas do que as universidades tradicionais.

Segundo Ado Jorio, coordenador do projeto e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tais instituições teriam foco exclusivo no ensino, com cursos mais curtos e voltados para demandas econômicas imediatas.

Além disso, o relatório da Academia de Ciências propõe ampliar as matrículas em institutos federais e CEFETs, fortalecer o ensino à distância e valorizar o corpo docente.

As universidades também estão no foco, com a sugestão de Centros de Formação em Áreas Estratégicas para antecipar tendências em setores-chave.

Agência de Ciências deseja ver melhora no ensino superior ao sugerir mais investimentos no setor – Imagem: reprodução

Desenvolvimento do ensino técnico e tecnológico

O documento enfatiza a importância de aumentar a oferta de cursos técnicos e tecnológicos em instituições federais.

Tal enfoque visa preparar um número maior de profissionais para atender às necessidades imediatas do mercado de trabalho, oferecendo formações que combinam agilidade e relevância.

Centros de formação em áreas estratégicas

Com o objetivo de alinhar a educação superior às demandas do futuro, o relatório sugere a criação de centros especializados. Tais unidades seriam dedicadas a sete áreas estratégicas:

1. Agricultura e agronegócio;

2. Bioeconomia;

3. Inteligência artificial;

4. Materiais avançados e tecnologias quânticas;

5. Saúde e bem-estar;

6. Transformação digital;

7. Transição energética.

Investimento em infraestrutura e retenção de alunos

Outro ponto crucial do relatório é a recuperação da infraestrutura das universidades federais. Além disso, propõe-se investir na melhoria das condições de retenção de estudantes, visando reduzir as taxas de evasão e garantir a conclusão dos cursos.

O documento da Academia Brasileira de Ciência oferece uma visão abrangente para reestruturar o ensino superior. Suas propostas buscam não apenas atender às demandas imediatas do mercado, mas também garantir um futuro promissor para a educação no Brasil.