Cinderela apareceu pela 1ª vez no Egito e, desde então, teve várias versões

A história de Cinderela é um conto universalmente reconhecido, muito devido à popularização feita pelo filme lançado pela Disney em 1950.

Apesar do enredo cativante que conhecemos hoje, suas primeiras versões foram bem diferentes, repletas de elementos sombrios.

Desde sua criação, a narrativa evoluiu, passando por várias culturas e versões. A primeira versão conhecida pode ser encontrada na história de Ródope, uma cortesã egípcia admirada por um rei por meio de seu calçado peculiar.

Assim, o tema central da ascensão social por meio de um item pessoal continuou a permear diferentes versões ao longo dos séculos.

‘Gata Borralheira’ é outro nome bastante usado aqui no Brasil para a Cinderela – Imagem: reprodução

Origens históricas do conto

No século XVII, a história de Cinderela já contava com centenas de versões na Europa.

Charles Perrault, em 1637, consolidou uma das narrativas mais populares em seu livro ‘Mother Goose’s Fairy Tales’, versão que serviu como base para adaptações seguintes.

Os irmãos Grimm e suas contribuições

Jacob e Wilhelm Grimm foram fundamentais na disseminação da história com sua versão ‘Aschenputtel’.

Em tal adaptação, elementos sombrios foram adicionados, como a automutilação das meias-irmãs para calçar o sapato de Cinderela e a punição delas por cegueira, causada por pombos.

A transição para a versão da Disney

Após o sucesso de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’, a Disney voltou sua atenção para Cinderela na década de 1940.

Inspirada pela versão de Perrault, a Disney moldou a história com um tom mais leve e otimista, omitindo os elementos mais sombrios, como as punições e a violência.

A magia da adaptação animada

A animação de 1950 introduziu números musicais memoráveis e simplificou os conflitos, o que resultou em um final feliz com o casamento da protagonista.

Tal formato conquistou o público infantil e perpetuou a popularidade do conto por gerações.

A transformação da narrativa de Cinderela ao longo do tempo ilustra como as histórias podem ser moldadas para se adequarem a diferentes contextos e públicos.

Embora os irmãos Grimm talvez não reconhecessem sua versão no sucesso da Disney, a magia e o encantamento permanecem, conquistando corações em todo o mundo.