Já reparou? Aqui está o motivo pelo qual não comemos carne de animais carnívoros

Nosso cardápio, como seres humanos, predominantemente inclui animais herbívoros ou onívoros, como vacas, galinhas e porcos. Apesar de parecer algo natural para a maioria das pessoas, a escolha por essas espécies como fontes de proteína não ocorre por acaso.

Matar animais silvestres, como leões e onças, é crime ambiental no Brasil e pode gerar punições graves. Além disso, há também razões culturais e de saúde que deixam esses bichos de fora da nossa dieta.

Em algumas regiões do hemisfério norte, a carne de urso é consumida, enquanto crocodilos e jacarés são iguarias nos Estados Unidos, China, Etiópia e Austrália. Além disso, muitos peixes disponíveis no mercado são predadores, vivendo de dietas carnívoras. Mesmo assim, a preferência por herbívoros persiste.

Animais carnívoros: questões de saúde e sabor

Essas espécies costumam carregar uma série de microrganismos, seus e de suas presas, por toda a vida. Predadores no topo da cadeia alimentar acumulam ainda mais patógenos, aumentando os riscos de doença para quem os consome.

Contaminações podem ocorrer até em herbívoros, como infecções por salmonela em carne mal cozida. Entretanto, o risco é maior em carnívoros, tornando seu consumo menos atrativo.

Além das questões ambientais e de saúde, os animais carnívoros têm menos gordura e fibras mais densas, resultando em uma carne mais dura e menos saborosa. Isso afeta a preferência por sabores mais suaves e texturas tenras, típicas de herbívoros.

Eficiência e questões culturais

Produzir carne bovina já é uma prática que demanda uma extensa quantidade de recursos, como 15 mil litros de água por quilo de alimento. Portanto, alimentar predadores com essa carne para depois consumi-los é energeticamente ineficiente.

Essa ineficiência pode ser explicada por níveis tróficos: a energia se perde ao longo da cadeia alimentar. Assim, para os humanos, comer herbívoros é mais ecológico e econômico.

Influência religiosa

Cabe fazer um adendo às religiões como o judaísmo e o islamismo, que proíbem o consumo de predadores. A cultura influencia fortemente nossas escolhas alimentares, criando tabus contra o consumo de carnívoros e reforçando a preferência por herbívoros.