Clamídia – O que é, sintomas, tratamento, cura, exames para detectar
Clamídia, Infecção Sexualmente Transmíssivel (IST), é ocasionada pela bactéria Chlamydia trachomatis que se transmite pelo ato sexual ou de forma congênita.
O que é clamídia? A clamídia é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. A doença é transmitida por meio da relação sexual anal, oral e vaginal ou também pode ser congênita, ou seja, passada da mãe para o filho durante a gravidez.
Considerada uma doença de grande predomínio mundial, sendo mais frequente nos Estados Unidos da América (só em 2016 foram notificados mais de 1,6 milhão de casos), a clamídia atinge tanto homens quanto mulheres com vida sexual ativa.
A doença possui maior predominância em pessoas na faixa etária entre 15 a 24 anos, como destacou os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC/2017).
Segundo o Ministério da Saúde, não há dados epidemiológicos no Brasil por não ser uma doença de notificação obrigatória, mas conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) são 127 milhões de novos casos por ano.
A infecção atinge principalmente a uretra e os órgãos genitais, porém, pode acometer a região anal, a faringe, a garganta, os olhos e ser responsável por doenças pulmonares.
Quais os riscos e como é feita a prevenção da clamídia?
O ato sexual sem o uso da proteção correta e regular, seja o preservativo masculino ou feminino, é o principal fator de risco de contaminação por clamídia, mas, não só dela, como pelas demais doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Portanto, independente da quantidade de parceiros sexuais, é indispensável o uso do preservativo para a manutenção da boa saúde sexual.
Realizar exames de rotina periodicamente e testes para detectar se possui algum tipo de DST é a recomendação para a prevenção. Cientistas britânicos e dinamarqueses, também, estão desenvolvendo um estudo para a imunização da clamídia.
Quais os principais sintomas da clamídia?
Entre 70 a 80% dos casos não apresentam sintomas e, quando surgem, são de 7 a 28 dias após a exposição à bactéria causadora da doença.
Nos homens, os sintomas mais comuns são a sensação de queimação ao urinar, além de uma secreção transparente ou turva saindo do pênis (menos espessa que a da gonorreia) e a dor nos testículos.
Enquanto isso, as mulheres apresentam o aumento no corrimento vaginal; o cheiro da vagina forte, além de vermelhidão e/ou irritação; dor ao urinar; sangramento vaginal incomum; dores durante e após as relações sexuais; e dores abdominais.
Há possíveis complicações?
Se não for tratada com eficiência, a clamídia pode acarretar em problemas sérios, tais como: infertilidade, inflamações nos epidídimos (epididimite) e nos testículos (orquite), doença inflamatória pélvica (DIP), inflamação das articulações (síndrome de Reiter), inflamação da próstata (prostatite), inflamação do reto (relação sexual anal), conjuntivite, dor durante as relações sexuais, gravidez tubária, complicações na gestação, entre outros.
Como é feito o diagnóstico da clamídia?
Na hipótese de qualquer sintoma, sugere-se que a pessoa procure um médico especialista (clínico geral, infectologista, urologista e/ou ginecologista).
Para realizar o diagnóstico de clamídia, o procedimento costuma ser simples e semelhante a de outras DST, por meio de exames.
É realizada a coleta de amostras da secreção da uretra ou do colo do útero e, no caso da prática de sexo anal, amostras de material do reto devem ser colhidas. O diagnóstico laboratorial pode ser executado mediante o método de biologia molecular (NAAT).
Se identificada a doença, os parceiros sexuais mesmo sem sinais e sintomas devem ser tratados. Esse diagnóstico e tratamento é disponibilizado de forma integral e gratuita, pelo Sistema Universal de Saúde (SUS).
Qual o tratamento da clamídia?
O tratamento da clamídia é executado de forma simultânea com os parceiros sexuais, e é importante que seja feito antes que se tenha relações sexuais novamente.
A infecção é tratada com o uso de antibióticos, como por exemplo azitromicina ou doxiciclina, receitados pelo médico. No caso das gestantes, são tratadas com azitromicina ou medicamento indicado pela equipe de saúde.
E clamídia tem cura?
Sim, o tratamento com antibióticos costuma ser bem sucedido. Porém, caso não tenha realizado o tratamento correto e não se tenha os devidos cuidados a pessoa pode ser contaminada novamente.
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