África pré-colonial
A África pré-colonial é um período caracterizado pela existência de grandes reinos no continente africano. Antes da invasão europeia, existiam na África, reinos muito ricos e desenvolvidos economicamente.
A África pré-colonial foi um período da história da África anterior à chegada dos europeus, caracterizado pelos reinados, cultura, fortuna e construções grandiosas.
O que mais movimentava a economia era o minério (ouro, ferro, prata, chumbo, etc.), que gerava emprego para população.
Contudo, com o domínio europeu, a partir do século XV, milhões de africanos foram capturados para serem escravizados na América.
Antes da invasão europeia, a África do Norte e a África Subsaariana já estabeleciam um intenso comércio entre si.
Considerado o berço da humanidade, é no continente africano que foram encontrados os primeiros indícios arqueológicos de vida humana.
Reinos Africanos
A sociedade africana se organizava por tribos. A caça, pesca, agricultura e os minérios eram a base de sua economia.
A religião africana era um aspecto muito importante entre as tribos. Acreditavam em deuses da natureza, por isso as variações naturais eram vistas como respostas deles.
Por ser um continente vasto, estudaremos apenas alguns reinos do continente africano:
Reino da Etiópia
Etiópia significa “povo da pele escura”. Os etíopes conheceram a prosperidade com o comércio de marfim e ouro.
No período pré-colonial, o cristianismo foi adotado, sob o reinado de Azana, e a igreja se tornou rica e dona de grandes porções de terras na região.
Os sacerdotes tinham tanto poder quanto os governantes, que até mesmo davam ordens aos agricultores. Os monastérios eram locais de produção da intelectualidade (leitura e escrita).
No século XVI, ocorreram guerras entre cristãos e muçulmanos. O reino da Etiópia viveu momentos violentos, nesse período, que durou cerca de um século.
Reino de Axum
Antecessor ao Reino da Etiópia, sua capital se chamava Axum.
Este reino teve grande importância no comércio com o Império Romano e o subcontinente indiano. Foi utilizado como ponte de ligação para o escambo (troca de produtos) entre o ocidente e o oriente.
Ao adotarem a religião cristã, por ordem do rei Azana, o comércio se viu prejudicado, pois não era permitido estabelecer relações comerciais com povos de outras religiões.
Esse reino entrou em declínio por causa da expansão muçulmana, além da pressão de outros reinos, que fez com que a população se isolasse no interior do território, enfraquecendo, assim, a cultura desse povo.
Reino do Congo
Na região do rio Congo, o terceiro maior do continente, se desenvolveram várias sociedades com estados centralizados e uma economia voltada para a agricultura, pesca e pecuária.
Os chefes das famílias mais importantes eram os responsáveis por comandar as aldeias. Eles tinham o poder de se comunicar com os ancestrais, que eram considerados como os grandes responsáveis pela prosperidade.
Por volta do século XV, os portugueses chegaram a essa região e uma série de conflitos ocorreram.
Contudo, na Batalha de Ambuíla, em 1665, os nativos (bakongo) são derrotados pelos portugueses.
A partir de então, o Reino do Congo passa a viver um período de decadência política e econômica.
Reino de Gana
Foi através do comércio de ouro que o Reino de Gana se destacou dos demais reinos africanos, assim como de algumas cidades mediterrâneas que também transportavam o metal para a Europa.
Esse reino se enfraqueceu expressivamente depois do século XII, graças ao esgotamento das minas e aos sucessivos ataques de assaltantes.
Reino de Mali
A ascensão do Reino de Mali se deu por volta do século XIII, quando o soberano Sundiata Keita, ampliou o território.
Já no início do século XIV, esse reino alcançava enormes proporções de terras na costa do Atlântico e no interior do Saara. Além disso, controlavam várias cidades e rotas comerciais.
Foi um reino muito rico, que comercializava ouro, sal e especiarias.
O rei dessa região no século XIV, Mansa Moussa (1312-1337), é considerado o homem mais rico da história.
Contudo, a partir do século XIV, os constantes roubos e invasões, fizeram como que o Reino de Mali fosse ultrapassado por outro reino, o de Songhai.
Reino de Songhai
Este reino foi dominado pelos Mali por alguns séculos. Porém, começaram a se restabelecer no fim do século XIV.
A capital, Gao, era uma das mais cidade africanas ricas e estruturadas.
No século XV, prosseguem na conquista por mais territórios. O século XVI marca o apogeu e o declínio do Reino de Songhai. No final desse período, o império é conquistado por Marrocos.
Reino de Zulus
Esse reino vigorou do século XVIII ao XIX.
Registros indicam que esses foram os primeiros povos a perceberem o perigo do colonizador branco em seu território, o que os fizeram lutar contra os britânicos. Contudo, foram derrotados.
Reino de Kush
O Primeiro Império Kush sobreviveu por 200 anos. Esse reino foi construído com o intuito de enfrentar os egípcios, que comandaram a região por séculos. Era uma sociedade urbana, com alguns poucos letrados.
Já o Segundo Império Kush, reuniu cerca de 500 mil pessoas, tendo o comércio como principal atividade econômica. O reino intermediava o mercado entre a África Subsaariana e as comunidades que se fixavam próximas ao mar Mediterrâneo.
Ao que tudo indica, o Império Kush foi dominado pelo Império de Axum, por volta do século IV, pois não existem registros do reino a partir desse período.
Islamismo
Esta religião entrou no continente africano por meio da África do Norte.
O islamismo fortaleceu as rotas comerciais e os laços culturais, assim como o contato entre africanos e europeus. Ele se espalhou por esse continente por meio do comércio e da migração.
Egito e Marrocos foram os primeiros países africanos a se converterem ao islã. Do norte da África, os muçulmanos conquistaram a região noroeste do continente, denominada de Magreb.
Ao longo do século VII desbravaram o continente, até chegarem na parte sul da Europa.
Cristãos e muçulmanos intercalavam períodos de paz e de guerra.
Périplo Africano
O Périplo Africano foram várias viagens realizadas pelos portugueses no século XV, período das grandes navegações, principalmente pela costa da África.
O objetivo era encontrar novas rotas marítimo-comerciais para chegar às Índias, dando a volta pelo sul do continente africano.
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