A crise global da qualidade do ar: apenas 7 países atendem aos padrões da OMS
Um novo estudo revelou que pouquíssimos países estão de acordo com as diretrizes da qualidade do ar determinadas pela OMS; veja quais são.
Um estudo global recente revelou uma realidade alarmante, pois conforme o resultado da pesquisa, dentre 134 países e territórios examinados, apenas sete conseguiram atingir os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à qualidade do ar em 2023.
A análise, conduzida pela IQAir, ressalta a urgência de ações globais para lidar com esse problema crescente. A poluição por material particulado fino, conhecida como PM2,5, foi o foco da pesquisa.
Essas minúsculas partículas sólidas, com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, representam um risco significativo para a saúde, podendo penetrar nas vias respiratórias e na corrente sanguínea, resultando em até 7 milhões de mortes prematuras em todo o mundo, segundo a OMS.
Quais são os países que alcançaram as diretrizes da OMS?
Entre os países que alcançaram as diretrizes da OMS, representando apenas 9% do total, destacam-se na lista Austrália, Finlândia, Estônia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia.
No extremo oposto, foram identificados os países com os piores índices de poluição, liderados por Bangladesh, seguido pelo Paquistão, Índia, Tajiquistão e Burkina Faso.
Essas nações registram níveis de poluição entre nove e quinze vezes superiores ao padrão anual de PM2,5 estabelecido pela OMS. As principais causas dessa poluição incluem o tráfego de veículos e as emissões industriais, especialmente provenientes do uso de carvão e de atividades como a produção de tijolos.
Uma descoberta inesperada surgiu no contexto canadense, onde pela primeira vez o país enfrentou uma deterioração na qualidade do ar devido aos incêndios florestais ocorridos em 2023.
Na China, apesar de melhorias temporárias durante a pandemia de covid-19, os níveis de PM2,5 voltaram a subir, com Pequim registrando um aumento de 14%. Nos Estados Unidos, preocupações com a poluição do ar foram observadas em cidades do Meio-Oeste e nos estados do Atlântico Médio.
Em 2021, a OMS reduziu o limite de partículas de PM2,5 para cinco microgramas por metro cúbico, na busca por um nível considerado seguro. Apesar desses esforços, muitos países ainda não conseguiram alcançar essa meta.
O estudo, baseado em dados de mais de 30 mil estações de monitoramento da qualidade do ar em todo o mundo, destaca a necessidade urgente de ações coordenadas em nível global para enfrentar esse desafio crescente.
No Brasil, algumas cidades também enfrentam sérios problemas de poluição do ar, como revelado por um mapa interativo do IQAir. Cidades como Osasco, São Paulo, e Manaus, Amazonas, estão entre as mais afetadas, enquanto outras, como Fortaleza, Ceará, e Brasília, Distrito Federal, mostram condições mais favoráveis.
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