A mente humana pode ser "imortal'? Entenda esse conceito

Pesquisadores acreditam que estamos cada dia mais próximos de poder transferir nossas mentes para a internet e ainda existirmos após nossa morte física.

Chamada de “transferência de mente”, a ideia de que nossa mente possa existir fora de nossos corpos físicos fascina cientistas e pessoas comuns há muito tempo.

A verdade é que essa concepção está se tornando cada vez mais próxima de nós, graças aos avanços recentes na ciência e tecnologia.

Esse tema foi explorado no cinema e na TV, como no icônico episódio “Volto Já” da série britânica de ficção científica Black Mirror.

Na trama, um homem faz upload de sua mente para a internet e suas memórias são usadas para criar um clone hiperrealista após sua morte.

Mas afinal, como isso seria possível?

Em 2016, um milionário russo previu a criação de uma tecnologia capaz de transferir nossas mentes para um computador até o ano de 2045.

Essa afirmação foi feita em um programa chamado “The Immortalist”, exibido pela BBC Horizon. De acordo com esse homem, ele estaria trabalhando com cientistas para descobrir o segredo da “vida eterna” para a mente humana.

Nesse sentido, uma das abordagens mais promissoras para alcançar esse objetivo é a emulação completa do cérebro. Isso significa que um escaneamento detalhado do cérebro humano seria capaz de reproduzir a estrutura biológica e, potencialmente, a mente de uma pessoa em um computador.

Entre as técnicas mais viáveis, destaca-se a “digitalização e cópia”, que consiste em examinar minuciosamente a estrutura de um cérebro preservado, utilizando métodos como a microscopia eletrônica.

O objetivo dessa análise é obter todos os dados sobre a mente avaliada, permitindo sua réplica fora do corpo humano.

Debates em torno desse assunto

A separação de mente e corpo é uma questão delicada para grande parte do meio acadêmico. Para muitos, as duas partes são interligadas e só funcionam em conjunto.

Além disso, é levantado um debate filosófico sobre a ética nesse procedimento, assim como ocorreu em outros tipos de pesquisa, como a clonagem humana.

De qualquer forma, apesar de ser uma realidade possível, a digitalização e cópia da mente humana ainda esbarra em legislações, expondo a necessidade de criar regras específicas para guiar esse tipo de pesquisa de forma segura.

Por sua vez, isso levanta discussões sobre o que foi chamado de “neurodireitos” e outros conceitos novos que vêm surgindo nas universidades e no debate público como um todo.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.