Adoçante comum pode ser considerado um risco para o câncer, alerta agência da OMS
Apesar de a Anvisa e a Agência dos EUA afirmarem que o adoçante é seguro, OMS contestou por meio de novas pesquisas.
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), está pronta para anunciar que o aspartame, um dos adoçantes artificiais mais amplamente utilizados no mundo, pode ser potencialmente cancerígeno.
Recentemente, a OMS gerou polêmica ao publicar orientações desencorajando o uso de adoçantes sem açúcar como uma estratégia para o controle de peso. Apesar das indicações das duas organizações, o Brasil ainda está distante dessa perspectiva.
Essas diretrizes causaram um impacto significativo na indústria de alimentos, que argumenta que tais produtos podem ser uma opção útil para os consumidores que desejam reduzir a ingestão de açúcar em suas dietas. As informações, que são divergentes, podem causar intensa desinformação.
Ao que tudo indica, a substância tem sido analisada pela OMS, que está pronta para anunciar a proibição.
OMS alerta sobre adoçante cancerígeno, mas a Anvisa não aponta problemáticas
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um informe técnico em 2020, com uma atualização em 2021, que não faz menção a qualquer associação entre o aspartame e o câncer.
O adoçante aspartame tem sido objeto de extensa investigação científica, incluindo monitoramento pós-comercialização, estudos epidemiológicos, pesquisas clínicas e estudos experimentais.
Um estudo observacional realizado na França no ano passado, com uma amostra de 100 mil adultos, revelou uma associação entre o consumo elevado de adoçantes artificiais, incluindo o aspartame, e um ligeiro aumento no risco de câncer.
Seguindo esse raciocínio, o Instituto Ramazzini conduziu uma pesquisa na Itália no início dos anos 2000, que identificou uma possível ligação entre o aspartame e certos tipos de câncer em camundongos.
Duas fontes com conhecimento no assunto revelaram à Agência Reuters que a OMS está prestes a classificar o aspartame como potencialmente cancerígeno.
Até o momento, após a divulgação da informação confidencia, o uso do adoçante continua sendo permitido pela OMS e por outras organizações.
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