Adotar este hábito parental torna as crianças adultos mais gentis

Entenda o poder transformador da proximidade familiar na infância.

Não é novidade entender que a conexão entre pais e filhos surge como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento do caráter e das habilidades sociais. Desde os primeiros passos até as escolhas da vida adulta.

A verdade é que a proximidade e o vínculo afetivo com os pais têm um papel notável na formação de indivíduos mais gentis, compassivos e também dispostos a ajudar.

Neste artigo apontamos a ideia, analisada por estudos, de que a presença amorosa e constante dos pais durante a infância pode ser um fator determinante na criação de adultos mais simpáticos e prestativos, explorando como essas relações iniciais influenciam na trajetória de vida das crianças.

Primeiras impressões duradouras

Há um ditado comum que enfatiza a importância da primeira impressão, e isso parece ter um significado profundo no contexto da relação entre pais e filhos.

Um estudo da Universidade de Cambridge revelou que crianças que aos três anos de idade têm um relacionamento amoroso e sólido com seus pais tendem a desenvolver qualidades como gentileza, empatia e generosidade durante a adolescência.

A construção de relações significativas

Esse resultado não é algo que acontece da noite para o dia. Para isso, os pesquisadores sugerem que os pais devem se esforçar para desenvolver um vínculo significativo e próximo com seus filhos desde cedo.

Sendo assim, o tempo de qualidade passado com os filhos nos primeiros anos de vida tem um impacto duradouro e bastante significativo. Então, o primeiro passo é iniciar esse processo de construção de relações positivas, desde o momento em que a criança chega em casa do hospital.

Resultados do Estudo

A pesquisa, que analisou dados de mais de 10.000 pessoas nascidas entre 2000 e 2002, explorou as conexões entre as relações iniciais dos pais com os filhos, a prosocialidade e a saúde mental ao longo da infância e adolescência.

Os resultados mostraram que, quanto maior a proximidade entre pais e filhos aos três anos, maior a tendência da criança de se tornar pró-social na adolescência. Ou seja, são jovens que vão refletir comportamentos como gentileza, generosidade, além da empatia e propensão ao voluntariado.

Por outro lado, contrariamente, às crianças que experimentaram relações tensas ou abusivas com os pais, eram menos propensas a desenvolver comportamentos pró-sociais Essa, na verdade, é uma questão mais profunda do que se imagina.

E é justamente por isso, que existe uma grande necessidade quanto a chegada de políticas e apoios direcionados para ajudar famílias a estabelecerem vínculos saudáveis e próximos.

Saúde mental e comportamento pró-social

O estudo, liderado por Ioannis Katsantonis e Dr. Ros McLellan, também investigou como a saúde mental e a prosocialidade podem ser influenciadas por mudanças na vida das crianças, como alterações na escola ou nas relações pessoais.

Eles descobriram que, embora a saúde mental tenda a ser um traço relativamente estável ao longo do tempo, a prosocialidade é mais variável, dependendo do ambiente.

Melhor relacionamento, maior desenvolvimento

Os autores concluíram que o relacionamento precoce com os pais têm um papel significativo na disposição futura da criança de ser gentil e prestativa.

Por isso, o estudo reforça a importância de os pais estabelecerem um forte vínculo amoroso com seus filhos desde cedo. Assim, será possível impactar positivamente o desenvolvimento emocional e social deles.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.