ALERTA! ‘Pix errado’ é um novo tipo de golpe e você deve se proteger
Golpe do pix errado é recente e, por isso, tem feito muitas vítimas.
Desde sua implementação pelo Banco Central do Brasil em 2020, o Pix revolucionou as transações financeiras, proporcionando rapidez e conveniência.
Em julho de 2024, o sistema alcançou um marco impressionante, movimentando R$ 119,4 bilhões em um único dia.
No entanto, tal popularidade também atraiu criminosos, que criaram, entre outras ações ilegais, o golpe do Pix errado para enganar usuários desavisados.
O que é e como funciona o golpe do Pix errado?
Trata-se de um ato que explora a rapidez e a simplicidade das transações do Pix para enganar as vítimas. Os criminosos realizam uma transferência para a conta da vítima, geralmente utilizando uma chave Pix vinculada a um número de telefone.
Em seguida, entram em contato com a vítima via WhatsApp ou ligação, alegando que a transferência foi um erro e solicitando a devolução do valor.
Os golpistas não se limitam a pedir a devolução do valor. Eles utilizam o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central, um recurso destinado a proteger os usuários de fraudes, permitindo que o banco do remetente solicite o estorno do valor enviado por engano.
Dessa forma, enquanto a vítima devolve o valor errado, o golpista aciona o MED para reaver a mesma quantia, recebendo a quantia em dobro.
Um exemplo é o caso do professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, que recebeu um Pix de R$ 700 por engano. Ao devolver o valor, o golpista acionou o MED, resultando em um prejuízo total de R$ 1.400 para o professor.
Como se proteger?
Para evitar cair nesse tipo de golpe, adote as seguintes medidas de segurança.
Verificação cuidadosa
Ao receber um Pix inesperado, verifique a origem da transação. Compare a chave Pix do remetente com a chave fornecida para a devolução. Se forem diferentes, desconfie imediatamente.
Contato com o banco
Informe seu banco sobre a transação suspeita assim que possível. Utilize os canais oficiais de comunicação, como o chat no aplicativo, telefone ou e-mail.
Gravação de evidências
Sempre que possível, grave a tela do seu celular mostrando a chegada da transação e a conversa com o suposto remetente.
Salve fotos do perfil e do número de telefone do golpista, além das mensagens trocadas e detalhes bancários envolvidos.
O que fazer se cair no golpe?
Caso você perceba que foi vítima, siga estes passos:
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Contato imediato com o seu banco: informe a instituição financeira imediatamente sobre a fraude e solicite o acionamento do MED;
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Bloqueio de valores: o banco do golpista deve ser notificado em até 30 minutos, bloqueando os valores disponíveis na conta mencionada. Caso não haja saldo suficiente, o bloqueio será parcial;
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Análise do caso: as instituições bancárias têm até sete dias corridos para analisar o caso. Se comprovada a fraude, você poderá receber o dinheiro de volta, dependendo do montante disponível na conta do golpista;
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Monitoramento da conta: se não houver saldo suficiente para a devolução total, o banco do recebedor deve monitorar a conta por até 90 dias da transação original e realizar devoluções parciais conforme surjam recursos.
Dicas de segurança
Além das medidas já mencionadas, outras dicas aumentam sua segurança nas transações Pix:
- Desconfie de mensagens ‘urgentes’; os golpistas frequentemente usam a urgência para pressionar as vítimas a agir sem pensar. Sempre questione e verifique as informações antes de tomar qualquer ação;
- Para qualquer dúvida ou problema com transações bancárias, utilize sempre os canais oficiais do seu banco;
- Mantenha-se informado sobre os diversos tipos de golpes e fraudes para reconhecer e evitar armadilhas semelhantes.
Ao seguir tais orientações, você estará mais preparado para proteger seu patrimônio e evitar cair no golpe do Pix errado.
*Com informações de G1, Olhar Digital e TecMundo.
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