Americanas teve pedido de recuperação judicial concedido

Justiça aceita o pedido de recuperação judicial ajuizado pela Americanas. Saiba mais sobre essa medida e sua aplicação.

De início, cabe um breve resumo sobre o que é a recuperação judicial. Pois bem, trata-se de um instrumento jurídico voltado para empresas que se encontram em momento de crise financeira, buscando uma maneira de realizar acordos entre todos os credores e a empresa, para que todos tenham suas dívidas devidamente quitadas, com a Justiça acompanhando e supervisionando esse procedimento.

Assim, nesta quinta-feira, 19, a Americanas teve seu pedido para recuperação judicial aceito pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Em decisão do juiz Paulo Assed Estefan, a empresa terá 48 horas para apresentar uma lista contendo detalhes da dívida e todos os credores.

Inicialmente, a dívida da Americanas foi estimada em mais de R$ 20 bilhões, entretanto, ao entrar com o pedido judicial, a dívida declarada foi de R$ 43 bilhões, valor bastante superior ao que fora divulgado anteriormente. Além disso, cerca de 16.300 credores foram apresentados pela empresa.

“Trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado que a situação de crise das requerentes vem provocando e por todo o aspecto social envolvido, dado o vultoso número de credores, de empregados diretos e indiretos dependentes da atividade empresarial ora tutelada, bem como o relevante volume de riqueza e tributos gerados”, fundamentou o magistrado.

A empresa havia afirmado haver somente R$ 800 milhões em caixa, sendo que a maior parte desse valor se encontrava “injustificadamente indisponível para movimentação”. Assim, Estefan decidiu que os bancos devem cumprir a decisão que suspende a cobrança de qualquer dívida da Americanas por 30 dias. Alguns credores da empresa recorreram, buscando reverter a liminar concedida pela Justiça.

Apesar da medida judicial, a Americanas diz que alguns bancos, como Bradesco, Votorantim, Itaú e Safra, não cumpriram a decisão, descontando valores diretamente das contas correntes da companhia.

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