12 Animais aquáticos – Espécies, hábitos e curiosidades
Ainda que donos de características únicas, em comum, esses animais possuem os locais onde vivem, totalmente na água, ou na água e terra.
O que são animais aquáticos? Em definição, os animais aquáticos são aqueles que vivem a maior parte do tempo em meio aquoso, como os oceanos, mares, rios, lagos e outros. Quando ouvirmos o termo, é muito comum a associação apenas com os peixes e grandes animais marinhos, como tubarões e baleias.
Entretanto, diversas aves, como pato, garça, pelicano e albatroz, além de alguns mamíferos, tais como a lontra e foca, possuem capacidade de viver em ambientes dessa natureza. Os chamados animais semi-aquáticos recebem esse nome por se adaptarem bem em terra e água.
A vida aquática é muito diversificada, e além dos animais já citados, há uma infinidade de espécies de répteis, insetos, anfíbios e moluscos. Essa variedade só é possível por conta da riqueza dos ecossistemas aquáticos, que são muito complexos e fornecem não somente alimento e abrigo, mas condições para reprodução e respiração.
Conheça as principais características de alguns animais aquáticos.
Ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus)
O ornitorrinco é um dos animais mais curiosos da natureza, e além disso, um dos poucos mamíferos venenosos, graças a um esporão que só os machos têm. O primeiro exemplar foi encontrado no século XIII, e na época, os cientistas pensaram que o bichinho enviado da Austrália para a Inglaterra era uma farsa.
Isso porque suas características físicas são impressionantes. Adaptado para viver na terra e na água, eles possuem bico, cauda, corpo com pelos e quatro patas, que cumprem, ao mesmo tempo, as funções de garras e nadadeiras.
Os ornitorrincos pertencem à classe dos Monotremados, ou seja, mamíferos que botam ovos, com um modo de reprodução totalmente diferente dos marsupiais e placentários.
Pato-selvagem (Cairina moschata)
Essas aves semi-aquáticas, de aproximadamente 85 centímetros, podem ultrapassar os 6 kg. O pato-selvagem é um animal onívoro, que se alimenta principalmente de pequenos invertebrados, vegetação aquática e moluscos.
Os patos, de todas as espécies, são conhecidos por serem alguns dos poucos animais que nadam, voam e andam muito bem. Além disso, são aves migratórias.
Tubarão-martelo-liso (Sphyrna zygaena)
Os tubarões-martelo pertencem ao Gênero Sphyrna. O tubarão-martelo-liso, portanto, é uma dessas espécies, sendo muito recorrente no litoral brasileiro. São peixes cartilaginosos e recebem esse nome por conta do formato da cabeça, que lembra muito um martelo.
A cabeça desses animais possui uma grande área sensorial, graças às ampolas de Lorenzini, um órgão específico para garantir essa característica. São extremamente temidos, assim como as demais espécies de tubarão. Porém, alimentam-se principalmente de pequenos peixes ósseos, crustáceos e lulas.
Cavalo-Marinho (Hippocampus kuda)
Habitante das águas salgadas, o cavalo-marinho possui cabeça alongada e filamentos que lembram muito a crina de um cavalo. Uma curiosidade sobre eles, é que assim como os camaleões, eles podem mudar de cor. E o fazem principalmente quando se sentem ameaçados. Além disso, seus olhos se movem de forma independente um do outro.
Eles medem aproximadamente 15 centímetros e vivem em corais, de onde só saem quando precisam se alimentar. Sua reprodução acontece de forma rara: eles são monogâmicos, e por isso, permanecem com os mesmos parceiros durante toda a vida, ou pelo menos durante toda a época reprodutiva.
Uma das principais peculiaridades, é a gravidez reversa. Ou seja, quem engravida são os machos. Isso acontece por meio da transferência de ovos das fêmeas para eles, que os carregam em uma bolsa incubadora, onde recebem oxigênio e comida. Além disso, o pai continua responsável pelos filhotes mesmo após o nascimento deles.
Peixe-palhaço (Amphiprion percula)
Muito conhecidos por conta do filme “Procurando Nemo”, esses peixinhos são caracterizado pela intensa coloração laranja, que lhes confere uma aparência única. As listras brancas na vertical são outra característica marcante.
São nativos de água salgada e vivem próximos às anêmonas do mar, que são animais invertebrados. Ainda que as anêmonas tenham tentáculos venenosos, eles não são prejudicados por conta de uma camada de muco que os protege.
Vivem em uma relação de protocooperação, uma vez que ambos são beneficiados. Em “troca” do abrigo e proteção, os peixes-palhaço limpam e retiram parasitas das anêmonas.
Pelicano-branco (Pelecanus Onocrotalus)
Um dos exemplos de aves aquáticas, o pelicano-branco distingue-se principalmente por conta de seu longo bico e pescoço curvado. Esse bico é essencial ao animal durante a caça, por conta da bolsa presente na parte inferior, que funciona de forma semelhante a uma concha.
Eles mergulham o bico na água é o recolhem cheio de peixes. O líquido é eliminado, sobrando apenas o alimento. São animais de vida longa, podendo viver por mais de 50 anos, geralmente, em colônias.
Poraquê (Electrophorus electricus)
O poraquê é uma espécie genuinamente brasileira, nativa da bacia amazônica. São, portanto, animais de água doce. Popularmente conhecido como enguia elétrica ou peixe elétrico, eles estão distribuídos em rios e lagos, principalmente de águas calmas e lodosas.
Seu corpo alongado e cilíndrico não possui escamas, o que lhe confere uma aparência muito parecida com a das enguias. É um peixe carnívoro, que se alimenta de peixes, invertebrados aquáticos e terrestres, mamíferos e insetos. Os choques dados por eles podem ultrapassar 1500 volts e são capazes de matar até um cavalo.
Tartaruga-marinha (Dermochelys coriacea)
As tartarugas-marinhas são da Ordem Testudines, agrupadas em duas famílias, Dermochelyidae e Cheloniidae. A tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) é um dos exemplos, inclusive, com local de desova no Brasil, mais precisamente no estado do Espírito Santo.
Esses répteis, considerados um dos maiores do mundo, vivem em áreas tropicais. No passado, espécies como essa foram muito ameaçadas, e hoje contam com importantes protetores, a exemplo do Projeto Tamar. As tartarugas-de-couro podem ultrapassar 2 metros de comprimento e peso superior a 900 kg.
Jacaré-açu (Melanosuchus niger)
O jacaré-açu é uma espécie exclusiva da América do Sul. É o maior de todos os jacarés, atingindo mais de seis metros de comprimento e 300 kg de peso. Um dos habitats típicos é a bacia Amazônica. Seus olhos e narinas são extremamente grandes, o que os permite ficar submersos durante horas.
Eles conseguem nadar graças ao movimento ondulatório da cauda. Se alimentam principalmente de caranguejos, peixes e pássaros, porém, ataques a pequenos mamíferos não são incomuns. Vivem entre 80 e 100 anos e encontram-se ameaçados de extinção em virtude da caça predatória.
Golfinho-comum-de-bico-curto (Delphinus delphis)
Pertencentes à Família Delphinidae e a Ordem Cetacea, o mamífero golfinho-comum-de-bico-curto também é conhecido apenas como golfinho-simples. Eles podem ter até 2,3 metros de comprimento e pesar até 75 kg.
Estão distribuídos em todos os mares e oceanos e alimentam-se principalmente de lulas e peixes, sobretudo, os cardumes de sardinha, anchova e arenque. Esses animais costumam viver em grandes grupos. Uma das suas características de maior destaque é a capacidade de vocalização, ligada à própria comunicação.
Lontra-neotropical (Lontra longicaudis)
A lontra-neotropical também é conhecida como lontra-de-rio-sulamericana, lobinho-de-rio ou nutria. A presença desses animais é recorrente na América Central e América do Sul. Vivem em lagos, lagoas e rios, em diversos ecossistemas, como por exemplo o pantanal, cerrado e as florestas tropicais.
Tem preferências pelas águas claras e normalmente alimenta-se de crustáceos e peixes. Além disso, o animal possui hábitos diurnos e noturnos.
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae)
É um mamífero marinho frequentemente avistado no litoral brasileiro, principalmente na região de Abrolhos – BA. Distingue-se das demais espécies de baleias por conta da sua coloração em tons de azul e preto, nadadeiras peitorais e uma sutil corcova que apoia a nadadeira dorsal, por isso, ela também é conhecida como baleia corcunda.
A baleia-jubarte podem alcançar até 1,6 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas. Apesar de todo o tamanho, é um animal que se destaca por ser muito ativo e pelos seus saltos acrobáticos. Alimenta-se principalmente de crustáceos e peixes.
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