20 Animais da Mata Atlântica
Conheça algumas das principais espécies que vivem em um dos biomas mais ameaçados do Brasil, justamente por conta da sua impressionante biodiversidade.
A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros. Inicialmente, compreendia cerca de 15% do território nacional. Hoje, por causa da devastação causada pelos seres humanos, ocupa pouco mais de 7%.
O bioma é conhecido pela impressionante biodiversidade, com fauna e flora únicas. Inclusive, há presença de muitas espécie endêmicas, ou seja, não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Sobretudo, os animais da Mata Atlântica merecem um destaque especial.
Entre, aves, anfíbios, mamíferos e répteis há espécies incríveis, que são a cara do Brasil. Infelizmente, por conta das ações antrópicas, boa parte deles encontram-se ameaçados de extinção. Para minimizar esse risco, nos últimos anos vários projetos de conservação estão sendo desenvolvidos. Conheça, a seguir, alguns dos animais da Mata Atlântica.
Aves
Pica-pau-da-cabeça-amarela (Celeus flavescens)
A ave se destaca principalmente pela característica que lhe confere o nome. O macho possui, ainda, uma faixa malar vermelha. Os indivíduos medem entre 27 e 30 centímetros de comprimento e pesam entre 110 e 165 gramas. A alimentação é baseada em insetos, suas larvas e ovos, cupins, grande variedade de frutas e néctar de flores típicas da Mata Atlântica.
Jandaia-de-testa-vermelha (Aratinga auricapillus)
É uma ave que também se destaca pela coloração da cabeça e peitoral. Seu nome científico é proveniente do tupi-guarani e significa pássaro com cabelo de ouro. A altura média é de 30 centímetros e o peso aproximado é 130 gramas. Alimenta-se principalmente de castanhas e frutas e vivem em grandes bandos, geralmente com mais de 40 indivíduos.
Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus)
Também chamado de apacamim, apesar de não estar na lista de espécies nacionais ameaçadas, infelizmente a espécie encontra-se ameaçada de extinção na Mata Atlântica. Seu nome científico tem origem grega e significa falcão águia com adorno. É uma ave grande, que pode ultrapassar 65 centímetros e pesar até um quilo e meio. Sua principal característica é um conjunto de penas que mede até 10 centímetros e fica na cabeça, formando um penacho preto.
Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)
Com cores exuberantes, eles medem entre 35 e 39 centímetros e pesam até 170 gramas. Sua alimentação é baseada em frutas, insetos, ovos e filhotes de outras aves. Costumam viver em pequenos grupos, variando entre cinco a sete indivíduos. Vive, principalmente, na copa das árvores e em regiões montanhosas. Tem importante atuação na dispersão de sementes.
Anfíbios
Rã-de-vidro (Hyalinobatrachium uranoscopum)
Seu nome popular faz referência ao seu corpo translúcido, que possibilita a visualização de boa parte de seus órgãos. Por ser pouco resistente à poluição, esses animais vivem em áreas de mata ciliares bem preservadas. Costumam viver em pequenos grupos que habitam o sudeste e sul do Brasil.
Rã-escavadeira (Leptodactylus plaumanni)
Os principais locais de ocorrência da espécie estão no sul do país. A característica mais notória do animal é a habilidade de construir câmaras subterrâneas em locais úmidos. Dentro desses buracos acontece a desova e os primeiros dias de vida dos girinos. Com a vinda das chuvas, a enxurrada leva os filhotes para locais com mais água, onde completam seu desenvolvimento, o que dura mais ou menos duas semanas.
Sapo-martelo (Hypsiboas faber)
É um réptil arborícola, ou seja, o ciclo de vida acontece principalmente nas árvores, geralmente próximas a corpos d’água. São pequenos, com medidas variáveis entre 8 e 10 centímetros. Seu nome comum é uma alusão ao seu coaxar, que lembra muito a batida de um martelo em uma bigorna. A dieta da espécie é muito variável, incluindo animais vertebrados e invertebrados.
Mamíferos
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
A espécie vive exclusivamente na Mata Atlântica. Justamente por conta da destruição de seu habitat natural, há muito tempo encontra-se ameaçado de extinção. Hoje, a sobrevivência do mico-leão-dourado é garantida por projetos e unidades de conservação. Uma curiosidade sobre eles, é que mesmo sendo animais pequenos, eles ocupam bastante espaço das matas. Um grupo variável de quatro a oito indivíduos precisa de 110 hectares para viver.
Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
As principais características da espécie são a cauda longa, os olhos grandes e protuberantes, focinho proeminente, patas grandes e manchas sob a forma de rosetas. São animais solitários, de hábitos noturnos e grande habilidade arborícola. É uma espécie que está quase ameaçada de extinção, conforme lista da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)
O macaquinho é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, ou seja, vive somente nesse habitat. Vive em áreas com altitude superior a 400 metros, desde o sul do Espírito Santo, passando por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Por conta da devastação das florestas corre sérios riscos de extinção.
Ouriço-preto (Chaetomys subspinosus)
É uma espécie de roedor, exclusivo da porção central da Mata Atlântica, desde o nordeste até o sudeste do Brasil. Tem hábitos arborícolas e se alimenta principalmente de folhas. É um animal raro e com alta capacidade de camuflagem, por isso, durante muito tempo foi considerado extinto. Contudo, durante uma expedição exploratória realizada nos anos 80 os cientistas o reencontraram.
Rato-do-mato (Wilfredomys oenax)
É um animal raro, cuja principal característica é a pelagem alaranjada ao redor do focinho. Habitante da porção sul da Mata Atlântica, a espécie possui uma pelagem longa e macia, de cor castanho-amarelada no dorso. É bem pequeno, pesando entre 34 e 61 gramas.
Irara (Eira barbara)
É uma espécie onívora que lembra muito uma fuinha. Pode medir até 60 centímetros, sem contar a cauda. Popularmente é conhecida como papa-mel, uma vez que esse é um dos seus alimentos preferidos. Suas principais características são a cabeça cinzenta em contraste com o corpo negro, além disso, suas orelhas curtas e arredondadas são marcantes. Vivem solitárias e raras vezes são vistas em pares.
Onça-pintada (Panthera onca)
A onça-pintada é conhecida por ser o maior felino das Américas. É um animal predador, que está no topo da cadeia alimentar. Infelizmente, encontra-se na lista de animais ameaçados de extinção. No seu habitat natural, a expectativa de vida é de até 15 anos. São animais carnívoros, que caçam no período noturno. Durante o dia dormem em cima de árvores ou perto de rios. Inclusive, são excelentes nadadores e passam muito tempo dentro da água.
Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus)
Endêmico da Mata Atlântica brasileira, ocorre desde a Bahia até o Rio de Janeiro. Apesar de poder descer até o chão, normalmente é encontrado na copa das árvores mais altas das florestas. É considerado como o maior primata sul-americano, chegando a pesar até 15 quilos. Possui longos braços, que junto da cauda auxiliam na sua locomoção entre as árvores. É uma espécie considerada criticamente em perigo.
Répteis
Caninana (Spilotes pullatus)
A cobra, conhecida por ser muito rápida e ágil, pode atingir até 2,5 metros de comprimento. Tem fama de ser muito brava, mas, ao contrário disso, é mansa. Muitas vezes foge quando avistada. Embora possa morder, não é peçonhenta. Sua alimentação inclui roedores de hábitos arborícolas e pequenas cobras.
Cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera)
Tem esse nome justamente por conta do pescoço alongado, que lembra muito uma cobra. Possui o hábito de caçar pequenos animais, tais como pequenos anfíbios e peixes. Raramente sai da água, assim, quando precisa respirar coloca apenas a ponta do nariz para fora. De carapaça bem rígida, pode medir até 28 centímetros.
Falsa-coral (Apostolepis assimilis)
Apesar de estar presente em outros locais, a serpente é típica da Mata Atlântica. Não é peçonhenta, e portanto, não oferece perigo aos seres humanos. Sua alimentação é baseada em pequenos répteis e alguns invertebrados. Ganhou o nome de falsa-coral por ter uma coloração muito semelhante a da coral verdadeira.
Teiú (Tupinambis merianae)
É uma espécie de lagarto, com corpo cilíndrico e robusto que pode medir até 1,4 metros e pesar até cinco quilos, sendo que os machos são maiores que as fêmeas. Sua cabeça é comprida e pontiaguda, com mandíbula forte e cauda longa. É um animal onívoro, presente em boa parte do território brasileiro.
Serpente-olho-de-gato-anelada (Leptodeira annulata)
É uma cobra típica das Américas, com grande incidência na Mata Atlântica. Se alimenta principalmente de pequenos répteis. Pode medir até 90 centímetros de comprimento, e sua característica mais notória são os olhos grandes.
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