Anomalia magnética no Brasil cresce e preocupa NASA

A chamada Anomalia do Atlântico Sul (AAS) é uma região onde a cobertura magnética da Terra é três vezes mais fraca que no resto do planeta.

De acordo com comunicados emitidos pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA) dos Estados Unidos, a falha magnética conhecida como Anomalia do Atlântico Sul (AAS) está em plena expansão.

Em parceria com o Centro Geográfico de Defesa (DGC) do Reino Unido, a NGA tem monitorado a área, que é basicamente um ponto onde o campo magnético da Terra está enfraquecido. Por coincidência, a AAS está justamente sobre o Brasil.

Para se ter uma ideia, estima-se que a anomalia tenha crescido cerca de 7% de 2020 para cá. A Nasa tem demonstrado preocupação com isso, uma vez que o campo magnético da Terra é nosso escudo de proteção contra partículas magnetizadas vindas do Sol.

Essas partículas podem causar estragos nas telecomunicações, caso formem fluxos de radiação e ventos solares que adentrem a atmosfera terrestre.

Além disso, a própria natureza da Anomalia do Atlântico Sul, por si só, provoca instabilidades em satélites e outros equipamentos que operam de forma semelhante.

Qual é o real perigo que essa anomalia representa?

Imagens de infravermelho mostram como a anomalia se movimentou em seis anos. Imagem: Earth, Planets and Space/reprodução

Desde que foi detectada, a AAS tem sido monitorada de perto pela NASA e outros órgãos de controle aeroespacial, geoespacial e geográfico ao redor do mundo.

Até o momento, constatou-se, além da expansão da mancha, que ela está se dividindo e se espalhando. Isso motivou o desenvolvimento de equipamentos para auxiliar os satélites afetados pela anomalia de alguma forma.

Felizmente, pesquisadores de todo o mundo concordam que a AAS não representa um risco sério para o campo magnético da Terra em si, mas é fundamental observar seu comportamento, especificamente na área afetada.

Ademais, alguns estudos preliminares confirmaram que essa anomalia é antiga e apareceu no campo magnético terrestre há cerca de 11 milhões de anos.

Ou seja, ela de fato não tem um grande potencial destrutivo, mas precisa ser observada atentamente.

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