Apuração prevê o fechamento de 20 mil leitos hospitalares

O aumento do piso salarial da categoria de enfermagem está causando algumas problemáticas no setor. Veja em detalhes o que pode mudar em breve.

Foi feita uma consulta recentemente com cerca de 2.511 mil estabelecimentos da área da saúde no Brasil com o intuito de tentar compreender qual será o verdadeiro impacto do aumento no piso salarial concedido a alguns profissionais, como os técnicos em enfermagem, os auxiliares, as parteiras e os enfermeiros.

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Foi por meio desse levantamento que tornou-se possível estimar que esse aumento no piso deve resultar no fechamento de 20 mil leitos hospitalares em todo o território brasileiro, o que consequentemente causará cerca de 83 mil demissões. Vale enfatizar que essa pesquisa foi realizada por cinco entidades de destaque do setor hospitalar no Brasil.

Foram elas:

  • Confederação das Santas Casas de Misericórdia;
  • Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB);
  • Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde);
  • Federação Brasileira de Hospitais (FBH);
  • Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp);
  • Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

É importante ressaltar que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios têm até o final de 2022 para regularizar esse novo aumento da categoria de profissionais em questão. Além disso, também é essencial destacar que, de acordo com as entidades responsáveis por essa apuração, a adequação deverá elevar significativamente as despesas das instituições na folha de pagamento. O valor mínimo é de 60%.

Em razão disso, as que já foram consultadas apontam que deverão fazer cortes de funcionários para poder arcar com esse novo custo.

Por fim, Daniel Menezes de Sousa – membro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) – disse: “Defendemos que é preciso melhorar o financiamento à saúde pública e nos solidarizamos com o setor filantrópico, cuja importância é vital. Ocorre que os problemas de financiamento deste segmento não vêm de hoje, não sendo correto atribuir à valorização dos trabalhadores a possibilidade de serviços virem a ser inviabilizados”.

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