Jarros de vinho com 5 mil anos são encontrados em tumba no Egito
Os jarros estavam no túmulo da rainha egípcia Merneith, uma misteriosa e importante figura da Primeira Dinastia do Egito.
Jarros de vinho foram localizados na tumba de uma misteriosa rainha egípcia. Os arqueólogos acreditam que os artefatos, ainda com restos da bebida, têm mais de 5 mil anos.
As escavações foram feitas na necrópole de Umm El Qa’āb, no Egito. De acordo com as análises, o local abrigava a tumba da primeira mulher da Primeira Dinastia egípcia, a rainha Merneith.
Acredita-se que ela tenha sido uma mulher com uma posição importante no Egito. Inclusive, uma das inscrições encontradas no local aponta que ela tinha um cargo no governo central desse período histórico.
Assim, os arqueólogos organizaram uma equipe com pesquisadores do Egito, Alemanha e Áustria para investigar o túmulo da rainha Merneith.
(Imagem: Ministério das Antiguidades e Turismo do Egito/Reprodução)
Jarros preservados no túmulo da rainha Merneith
Após a descoberta, o Ministério das Antiguidades e Turismo do Egito informou que centenas de jarros grandes e bem-preservados foram encontrados no lugar com restos da bebida.
Para Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, os jarros têm cerca de 5 mil anos. Além disso, outros túmulos foram descobertos no mesmo sítio arqueológico da necrópole da rainha.
Aparentemente, os espaços funerários pertencem aos servos dela. No geral, a grande estrutura do túmulo foi construída com argila, tijolos brutos e tábuas de madeira.
(Imagem: Ministério das Antiguidades e Turismo do Egito/Reprodução)
Merneith: primeira mulher da 1ª Dinastia
Pouco se sabe sobre a trajetória de vida de Merneith, mas diversos registros históricos apontam que ela foi a primeira mulher faraó do Egito. Já outros pesquisadores afirmam que tenha sido a segunda, depois de Neitotepe.
A linhagem real e familiar de Merneith aparece em uma série de selos e inscrições dos faraós. No entanto, a sua relação familiar ainda é um pouco conturbada nos dados arqueológicos.
Acredita-se que ela ganhou destaque no Egito entre 3.050 a.C. e 3.000 a.C. Contudo, não é conhecido o papel exato dela no governo, fazendo com que sua vida continue sendo um mistério para os historiadores.
Mesmo assim, a descoberta feita nessa escavação revelou informações valiosas sobre a vida e o reinado dessa misteriosa rainha, ressaltou Dietrich Raue, diretor do Instituto Alemão no Cairo, que colaborou com a expedição no túmulo de Merneith.
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