Atividade física pode melhorar a inteligência das crianças
Sabia que a prática do exercício físico aumenta a flexibilidade cognitiva, o pensamento fluido e a inteligência geral? Confira detalhes sobre o estudo.
Alguns novos estudos em neurociência baseados em exercícios físicos desafiam a ideia de que a inteligência é uma característica fixa que não pode ser alterada por hábitos diários ou mudanças no modo de vida. Uma pesquisa recente tentou provar o contrário, apresentando que a atividade física melhora a inteligência das crianças.
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Mais detalhes sobre o estudo científico
Participar de um programa de exercícios por 20 semanas aumentou o desempenho acadêmico e a inteligência geral dos alunos, segundo os apontamentos vistos em um estudo científico realizado pelo projeto Active Brains.
O objetivo principal dos pesquisadores foi examinar os efeitos de uma intervenção de exercício que combinasse atividade aeróbica com exercícios de treinamento de força no tamanho dos hipocampos (centros de memória) dos alunos. Com base nisso, buscaram entender quaisquer alterações cognitivas provocadas pelo exercício, com base no funcionamento da função executiva, inteligência geral e desempenho de habilidades acadêmicas como um todo.
Experimento: exercício aeróbico + treinamento de força
Antes de mais nada, o estudo dividiu as crianças em dois grupos: um que não se exercitava e outro que fazia atividades físicas (90 minutos por semana, 60 minutos de cardio e 30 minutos de treinamento de força).
O resultado foi impulsionado por melhorias significativas na inteligência fluida (resolução de problemas), inteligência cristalizada (conhecimento armazenado) e flexibilidade cognitiva (capacidade de mudar as engrenagens mentais de maneira adaptativa).
Objeções aos resultados
Ainda que 20 semanas de exercícios tenham melhorado tudo isso nos alunos e de três maneiras diferentes, os pesquisadores não conseguiram determinar quais mudanças no cérebro foram responsáveis por essas melhorias.
E diferente da hipótese original dos estudiosos que sugeriam que uma intervenção de exercício de cinco meses poderia aumentar a massa hipocampal e melhorar a memória de trabalho, as imagens dos cérebros dos participantes usando ressonância magnética após o programa não revelaram maiores hipocampos.
Embora este ensaio clínico com randomização estabeleça efeitos positivos do exercício na flexibilidade cognitiva, inteligência fluida/cristalizada e desempenho acadêmico, os mecanismos cerebrais específicos que contribuem para esses efeitos positivos permanecem desconhecidos.
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