Ao menos um terço das bactérias orais é compartilhado por pessoas que moram na mesma casa
Isso inclui irmãos, pais e filhos e até mesmo amigos, não apenas os casais que compartilham intimidade pelo beijo.
Todos nós sabemos que morar sob um mesmo teto é a garantia de compartilhar muitas vivências e também objetos, dívidas e rotinas. No entanto, o que poucos sabem é que também existe o compartilhamento de bactérias orais entre as pessoas que moram na mesma casa. Segundo estudo recente, ao menos um terço das bactérias são compartilhadas. Entenda melhor ao longo da leitura.
Como se deu o estudo
O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Trento, na Itália, que buscou averiguar o nível de compartilhamento das bactérias orais por pessoas da mesma casa. Para isso, eles analisaram pesquisas anteriores feitas em mais de 20 países diferentes e que somam um total de 10 mil amostras de saliva e também de fezes.
Então, os cientistas sintetizaram as conclusões em um artigo que saiu na Revista Nature, no qual se pode ler mais detalhes dos resultados. Segundo os pesquisadores, existe uma predominância no compartilhamento de bactérias orais em detrimento das advindas de outras partes. Por exemplo, pessoas da mesma casa compartilham cerca de 12% das bactérias intestinais.
Por outro lado, compartilha-se em média 33% das bactérias orais, portanto o equivalente a um terço de todas as bactérias orais que temos. Inclusive, isso serve para pessoas que vivem na mesma casa com diferentes ligações. Afinal, era de se esperar que cônjuges compartilhassem mais bactérias orais por conta do beijo, porém mesmo irmãos compartilham essas bactérias.
A razão por trás do compartilhamento
No artigo, os cientistas explicam que o que facilita a transmissão das bactérias orais é o fato delas poderem ser transmitidas pelo ar. Afinal, as pessoas espirram em uma mesma casa e também falam constantemente, o que possibilita que as bactérias estejam presentes no ambiente. Ademais, esse é um fator importante de contaminação de doenças.
Outro fator também consegue justificar esse compartilhamento, que é o fato de que as pessoas de uma mesma casa comem dos mesmos alimentos. Isso quer dizer que elas possuem a mesma fonte de contaminação e que existe naquela casa um ambiente propício para o desenvolvimento das bactérias.
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