Bolsonaro afirma que Enem 2020 pode ser adiado, mas que ainda deve ser feito este ano

Em pronunciamento, no Palácio da Alvorada, o presidente confirmou que o exame pode atrasar, mas ainda será feito em 2020.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, nesta última quarta-feira, 13, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser adiado por conta da pandemia do novo coronavírus. Apesar disso, segundo o chefe de Estado, a prova deverá ser realizada em 2020.

Na última semana, o ministro da Educação, Abraham Weintraub chegou a afirmar que o exame não sera adiado. Ele ainda declarou que a prova não foi feita para corrigir injustiças.

O presidente substituto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), Camilo Mussi, não existe plano de contingência para a realização do Enem se a pandemia se prolongar até novembro.

Mussi ainda declarou que o Ministério da Educação (MEC) e o Inep têm dialogado com o Ministério da Saúde. Ele explicou que não existe a possibilidade do Enem 2020 ser cancelado e além disso, o adiamento da prova seria prejudicial para o acesso de estudantes à universidade.

Não existe um plano de contingência específico

Um funcionário do Inep, em anonimato, se manifestou sobre o assunto. Segundo ele, o instituto costuma criar planos de contingências para eventuais crises. Apesar disso, não existem planejamentos específicos para o cenário de pandemia.

O funcionário ainda afirmou que o exame já conta com atrasos na preparação. Até a contratação da gráfica teve o edital suspenso em abril, após questionamentos que uma empresa interessada em concorrer.

Dessa forma, se nenhuma gráfica for contratada até junho, o Enem pode atrasar. Vale destacar que um dos serviços prestados por essas empresas é a diagramação da prova em total sigilo, o que deve ser feito pessoalmente.

Por fim, o funcionário declarou que existem diversos problemas operacionais nos “bastidores” da prova. Logo, se os obstáculos não forem superados, pode não haver Enem em 2020.

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