Cada vez mais países querem comandar expedições à lua. Por quê?

Mesmo após 54 anos do pouso da Apollo 11 na Lua, diversos países ainda mantêm vivo o interesse em explorar a superfície lunar por meio de expedições tripuladas. Neste artigo, explicamos o porquê.

Nos anos 1960, a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética capturou a imaginação do mundo, culminando com o histórico pouso da Apollo 11 na Lua em 1969.

Agora, décadas após a Guerra Fria, uma nova e surpreendente corrida está em andamento, mas com um foco diferente: o acesso ao gelo lunar para aplicações importantes.

Enquanto no passado a competição era movida por demonstrações de poder tecnológico e influência política, o cenário atual, porém, é caracterizado pela busca por recursos para o futuro da exploração espacial.

Países que planejam expedições à lua

Países como Estados Unidos, China, Rússia e Índia têm lançado ambiciosos projetos para chegar ao satélite natural da Terra, mas a motivação por trás desses esforços é o que define essa nova era.

A NASA, por meio do Programa Artemis, planeja pousar astronautas na Lua novamente até 2025, visando ainda futuras missões em Marte.

A China estabeleceu um objetivo para levar humanos à Lua até 2030, enquanto a Rússia retomou suas atividades lunares com o robô Luna-25, que coletará dados essenciais da superfície lunar.

(Imagem: divulgação)

A Índia também deseja entrar na competição rumo ao nosso satélite natural, preparando sua primeira aterrissagem lunar com o módulo Chandrayaan-3.

Essa corrida, no entanto, não é pelo prestígio da chegada à Lua, mas sim pelo gelo de água encontrado em suas regiões sombrias e congeladas.

A descoberta de gelo lunar em 2018 abriu novas perspectivas, pois tal substância tem grande potencial para ser usada na fabricação de combustível de foguete e de módulos lunares.

Embora a forma de utilização ainda não esteja definida, a importância estratégica desse recurso tem acelerado os esforços de várias nações.

Motivações

Em vez de uma corrida por território, essa competição assemelha-se a uma “corrida do ouro” ou, mais precisamente, uma “corrida do gelo”.

As agências espaciais estão voltando seus olhares para o Polo Sul da Lua, onde o gelo de água está localizado nas crateras mais sombrias.

Embora o Tratado do Espaço Exterior de 1967 proíba a reivindicação territorial de corpos celestes, permite a exploração e uso de recursos nesses locais.

Portanto, enquanto nações como EUA, China, Rússia e Índia se preparam para conquistar a Lua mais uma vez, o objetivo central é garantir o acesso e a coleta de gelo lunar.

Esse material, por sua vez, pode moldar o futuro da exploração espacial e desempenhar um papel fundamental na construção de uma infraestrutura sustentável além da Terra.

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