Canhotos são mais inteligentes que destros? Cientistas respondem

Os canhotos (pessoas que escrevem com a mão esquerda) sempre foram alvos de curiosidade e especulações, devido a uma crença que garante que escrever com a mão esquerda é sinal de maior inteligência.

E o que reforça essa teoria é que grandes pensadores da humanidade, como o pintor e cientista italiano Leonardo da Vinci e o compositor Mozart, eram canhotos. Embora possa parecer apenas uma crendice ou lenda urbana, esse pensamento tem fundamento científico.

Canhotos fazem operações mais complexas

Os canhotos já foram e ainda são discriminados, principalmente por conta da qualidade da caligrafia. Mesmo sem uma evidência científica, há quem aponte que eles possuem ‘letra feia’ por usarem a mão esquerda.

Apesar disso, estudos destacam que os canhotos são pessoas que desenvolvem melhor o hemisfério direito do cérebro, responsável pelo raciocínio espacial. Neles, o chamado corpo caloso, que conecta os dois hemisférios cerebrais, costuma ser mais espesso.

Como essa conectividade fica intensa, também se pressupõe maior facilidade de raciocínio e de processamento de informações. Desse modo, canhotos, ao menos em estudos iniciais, apresentam maior capacidade cognitiva que os destros.

Atividades como arte, xadrez, música ou arquitetura são desenvolvidas com facilidade pelos canhotos.

Naturalmente, em toda regra há exceção, já que muita gente que escreve com a mão esquerda não consegue desenvolver nenhuma dessas habilidades.

Pesquisas também já mostraram que, mesmo para quem é canhoto, desenvolver trabalhos ligados à matemática nem sempre é tão fácil.

Estudo em Liverpool reforça teoria

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Liverpool, na Inglaterra, aponta que estudantes canhotos têm mais facilidade para realizar operações matemáticas complexas.

Por outro lado, nas operações aritméticas simples, ser destro ou canhoto não faz diferença.

Os que optam por escrever com a mão direita parecem ter mais dificuldade nos experimentos. Porém, isso não é totalmente conclusivo, ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar tal hipótese.