Carcará-de-Guadalupe

Originária das Ilha de Guadalupe, a ave de rapina já é considerada extinta em razão da caça indiscriminada no início dos anos de 1900.

O Carcará-de-Guadalupe (Polyborus lutosus) foi uma ave de rapina que habitou o México, sobretudo as Ilhas de Guadalupe, a 241 km da costa oeste do país. 

Após a caça indiscriminada feita por colonos desde o descobrimento da ilha em 1493 por Cristóvão Colombo, não há registros da procriação ou existência da espécie, sendo considerado um animal extinto. 

A ave pertencia à classe dos falconiformes, da família das rapinas diurnas. 

Características do carcará-de-Guadalupe

A ave possuía por volta de 60 cm de comprimento, considerando a medida entre a cabeça e o rabo.

Sua plumagem consistia de uma coloração branca na parte do pescoço, com algumas manchas mais escuras no topo da cabeça, além de cores em tons de preto e marrom escuro axadrezados, no resto do corpo. 

Em relação ao bico e às patas, as cores predominantes eram o amarelo e o laranja.

A construção do ninhos das aves dessa espécie era muito elaborada e organizada. Eram escolhidos os topos dos penhascos e lugares de difícil acesso para o depósito dos ovos, geralmente feito no mês de abril. 

A quantidade média era de três ovos por ano.

Na América do Sul e no Brasil, há a presença da subespécie de carcará (Caracara plancus), conhecida como a “águia brasileira”, que também se enquadra na classe das aves de rapina. 

Assim como o carcará-de-guadalupe, seu comprimento é de 60 centímetro de comprimento com a envergadura da sua asa atingindo 123 centímetros.

Carcara-de-Guadalupe
Ilustração do Polyborus lutosus, Carcará-de-Guadalupe

Hábitos alimentares do carcará-de-Guadalupe

Acredita-se que as principais fontes de alimentos desses animais eram as minhocas, pequenos roedores, crustáceos, insetos, animais invertebrados, mamíferos de pequeno porte e até mesmo restos de cadáveres. 

A extinção do carcará-de-Guadalupe

A espécie de carcará das Ilhas de Guadalupe não existe mais. Os últimos registros feitos pelos colonizadores no final do século XIX apontam para sua completa extinção. 

Desde que tomou-se conhecimento da existência da espécie, as aves passaram a ser caçadas em grande proporção por pastores de ovelhas, que diziam que o animal atacava os filhotes recém-nascidos dos rebanhos. 

Mas foi no ano de 1900 que o destino do carcará-de-guadalupe foi de fato decidido. Após os colonos abandonarem a ilha, acreditava-se que mesmo em escala reduzida, a espécie conseguiria se reproduzir e aumentar sua população.

No entanto, o ornitólogo e pesquisador Rollo Beck, ao descobrir o lugar, abateu nove das 11 restantes, acreditando serem espécies comuns de aves que habitavam a ilha. Após capturá-las para estudo, o pesquisador constatou o erro e percebeu que se tratava de uma espécie com risco eminente de extinção.

Ficha técnicaCarcará

  • Classe: Aves
  • Ordem: Falconiformes
  • Família: Falconidae
  • Gênero: Polyborus
  • Espécie: Polyborus lutosus

Veja também: 1.173 espécies brasileiras estão sob risco de extinção

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