Carne de mamute foi ‘preparada’ para virar almôndega na Holanda

Carne de mamute lanoso morto há milhares de anos foi testada como carne de consumo em almôndegas em forma de conscientização.

Na última terça-feira, 28, na capital do Holanda foi ressuscitada a carne de um mamute morto há milhares de anos. A almôndega foi feita de carne de laboratório de um mamute lanoso, uma espécie considerada extinta. A produção causa uma mistura entre a alimentação do passado e a reflexão da alimentação no futuro.

O objetivo do preparo era causar conscientização

Em Amsterdam, o bolo de carne criado pela carne cultivada Vow foi exibida no museu de ciências NEMO, dentro de uma espécie de aquário para que todos os participantes pudessem contemplar.

Apesar de ser algo pronto, os especialistas não afirmam que está próprio para o consumo.

Será preciso testar para saber se o produto está dentro dos parâmetros da segurança alimentar, visto que a carne em si tem milhares de anos. Somente após os testes alimentares é que os pesquisadores poderão ter certeza da qualidade para consumo.

Carne de mamute gera críticas

Até virar uma bola de carne, o processo demandou semanas de cultivo. A almôndega foi elaborada pelos cientistas que conseguiram juntar o DNA da mioglobina de um mamute e os genes do elefante africano.

De acordo com os pesquisadores, o animal existente na atualidade é o familiar mais próximo do mamute lanoso ainda vivo.

Em entrevista à AFP, Tim Noakesmith, cofundador do Vow (produtora da carne), afirma que a escolha de um mamute lanoso para produzir a almôndega faz parte de um simbolismo de perda causada pelas mudanças climáticas anteriores.

Para Tim, este seria o mesmo destino dos humanos caso não mude os hábitos alimentares, exemplificando ao falar da agricultura em larga escala e da forma como os humanos estão comendo.

Uma das maiores perspectivas para o futuro é a produção em alta demanda de carnes de planta ou de carnes criadas em laboratórios.

A pecuária emite 14,5% de gases de efeito de estufa que o homem pode causar. Essa porcentagem pode subir para 70% até 2050, por isso essa produção de mais de 4 mil anos ativa atualmente.

Para Tim, a melhor escolha poderia ser oferecer “algo melhor” para que as pessoas deixassem de comer carnes.

Até que os devidos testes de segurança alimentar sejam feitos, os pesquisadores afirmam que estão sob grande ansiedade para descobrir o sabor da carne de mamute.

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