Você gosta de Coringa, Voldemort e outros vilões, mas não sabe o motivo?
Não é que você não goste dos mocinhos, apenas prefere os vilões.
Grandes vilões de filmes, séries e novelas são responsáveis por movimentar a trama e causar problemas aos mocinhos. E, normalmente, esses vilões têm uma legião de fãs que os admiram e preferem eles aos mocinhos da trama. Se esse é o seu caso, fique tranquilo, porque a ciência explica a preferência por vilões.
Personagens fascinantes que geram identificação
Os vilões são personagens muitas vezes considerados injustiçados. Isso porque uma trama só é capaz de funcionar com a presença do vilão tanto quanto do mocinho.
Da mesma forma, o caminho responsável pela produção de um vilão pode gerar identificação no espectador, que se sente próximo do personagem e consegue entender suas motivações.
Falta de carisma, maldade, impaciência, dificuldade para gostar das pessoas, manipulação e dissimulação são algumas das características dos vilões, que se afastam dos mocinhos considerados bondosos, justos, amorosos e sociáveis.
Mas, diante dessa diversidade de características, por quais motivos as pessoas se identificam com vilões a ponto de torcer por eles em uma história na qual o outro lado defende o bom, belo e justo?
De acordo com a pesquisa publicada na Psychological Science, as pessoas preferem os vilões, porque eles parecem próximos a nós mesmos e isso faz com que eles pareçam mais simpáticos aos nossos olhos.
Quando se fala de narrativas de ficção, gostar de vilões não mancha a nossa imagem e funciona como uma proteção do cérebro por gostar desses personagens. Algo como: Por ser uma história inventada, me sinto confortável por gostar do vilão.
De acordo com os pesquisadores que conduziram o estudo, na vida real, há uma probabilidade de as pessoas se afastarem de quem compartilha características negativas, como traição e antipatia.
Porém, quando se fala de ficção, isso não acontece e costuma aproximar as pessoas dos vilões que apresentam características próximas do espectador. Como é o caso de quem se enxerga como inteligente e ambicioso e acaba tendo afinidade com Lorde Voldemort.
Dessa maneira, as pessoas conseguem criar uma rede de proteção real para expressar os seus gostos por personagens de ficção, mesmo que eles sejam vilões, porque não representam perigo real para a sociedade.
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