Cientistas criam remédio que faz os dentes crescerem

Desenvolvimento do fármaco foi baseado na neutralização de uma proteína que limita o crescimento dentário; saiba mais.

Um grupo de cientistas japoneses descobriu os motivos pelos quais os dentes param de crescer ou sequer chegam a nascer em algumas pessoas. Com base nisso, eles desenvolveram um medicamento que pode estimular o crescimento dos dentes.

Segundo especialistas, que fizeram as descobertas baseadas em um estudo avalizado pelo Instituto de Pesquisa Médica do Hospital Kitano, há uma proteína que limita o crescimento dentário. Neutralizá-la é a chave para reverter o processo.

Conforme relataram veículos de imprensa do Japão, o estudo teve início em 2005, quando os cientistas identificaram a proteína USAG-1 em ratos que tinham menos dentes que o normal. Desde então, passaram a buscar como desativá-la.

Em 2018, os pesquisadores fizeram os primeiros testes em ratos com um fármaco já pronto. Finalmente, em 2021 o primeiro estudo sobre os resultados dos testes, que foram positivos, foi publicado na revista Nature.

Dentes podem ter desenvolvimento normal com produto criado por japoneses – Imagem: reprodução

E os testes em humanos?

Os testes feitos em ratos comprovaram a eficácia do medicamento para crescimento dos dentes. Segundo relatado no estudo, novos dentes cresceram, sem efeitos colaterais nos animais.

Agora, os cientistas estão finalizando alguns ajustes para iniciar os testes em humanos, que devem ocorrer em setembro no Hospital Universitário de Kyoto, também no Japão.

Inicialmente serão selecionadas pessoas que sofrem com falta de congênita de dentes. A primeira rodada de testes consistirá na administração do medicamento em 30 homens entre 30 e 64 anos.

Nessa primeira etapa, os cientistas vão analisar se o fármaco é mesmo eficaz e seguro. Em caso afirmativo, uma segunda rodada vai contemplar meninos de 2 a 7 anos de idade, também com falta de dentes de nascença. Os testes estão programados para acontecer até 2025.

Se o medicamento for comprovadamente seguro, seguirá para o processo de comercialização e estará nas farmácias em 2030, de acordo com estimativas dos seus desenvolvedores.

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