Cientistas estão preocupados com acontecimento na Antártida

Comunidade científica tem estudado as mudanças de características predominantes da Antártida, e o resultado é preocupante; entenda a questão.

A Antártida é o continente mais frio, ventoso e seco do planeta Terra. Com temperaturas médias que variam de -10 °C a -60 °C, e com picos extremos de frio, é um dos ambientes mais inóspitos do planeta.

O clima é predominantemente polar, com longos invernos e verões curtos e frios. Consequentemente, a maior parte da Antártida é coberta por gelo. A calota de gelo contém aproximadamente 90% do gelo de água doce do mundo.

Essas condições climáticas extremas e a vastidão de sua paisagem fazem da Antártida um dos lugares mais desafiadores e intrigantes para a pesquisa científica e a exploração.

No entanto, estamos enfrentando as consequências do aquecimento global, que é o aumento gradual da temperatura média da Terra.

Essa temperatura, por sua vez, aumenta conforme a emissão de gases de efeito estufa, como por exemplo, dióxido de carbono e metano, na atmosfera.

Na prática, esses gases retêm o calor do sol, causando mudanças climáticas significativas, como o derretimento das calotas polares, o aumento do nível do mar e padrões climáticos extremos.

O principal impulsionador desse fenômeno é a atividade humana, especialmente a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

O derretimento acelerado do gelo na Antártida está provocando crescente preocupação entre cientistas e especialistas ambientais, pois as evidências recentes revelam uma tendência alarmante.

Desde 2016, a situação tem se agravado, com o gelo atingindo níveis historicamente baixos e indicando um possível declínio contínuo.

Gelo da Antártida atingiu seu menor nível

Derretimento do gelo na Antártida é alarmante – Imagem: Reprodução

De acordo com dados do National Snow and Ice Data Center (NSIDC), a extensão do gelo marinho na Antártida atingiu seu menor nível registrado no início de 2023, ficando 17% abaixo da média.

Em setembro do mesmo ano, a extensão anual do gelo marinho caiu para 16,96 milhões de quilômetros quadrados, marcando o menor registro desde 1979 e estabelecendo uma nova tendência preocupante.

Durante o verão, os mínimos de gelo têm sido historicamente estáveis, mas em 2023 atingiram um ponto crítico, com apenas 1,91 milhão de quilômetros quadrados em fevereiro, o menor mínimo já registrado.

Já em fevereiro de 2024, embora tenha havido um leve aumento, a extensão permaneceu alarmantemente baixa, com apenas 1,98 milhão de quilômetros quadrados.

Nesse contexto, os especialistas alertam que o aquecimento dos oceanos é um dos principais impulsionadores desse fenômeno, sinalizando a possibilidade de um declínio contínuo do gelo marinho da Antártida.

O calor oceânico parece desempenhar um papel significativo na desaceleração do crescimento do gelo na estação fria e no aumento do derretimento.

Essa preocupante tendência também está ligada a recordes de aquecimento dos mares, com a temperatura média global atingindo 21,06 ºC em fevereiro de 2024, superando o recorde anterior estabelecido em agosto de 2023.

Considerando que 2023 foi o ano mais quente dos últimos 100 mil anos, há um consenso crescente sobre a urgência de agir diante desses desafios climáticos.

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