Como avaliar uma prova? Confira dicas imperdíveis!
Corrigir provas, mais do que uma obrigação, é um momento de identificar as dificuldades da turma e traçar estratégias para resolvê-las.
Sirene para entrada e saída, alunos sentados em filas, disciplinas convencionais e as temidas provas. Os elementos descritos constituem alguns dos principais itens das escolas com as quais estamos acostumados, principalmente as da rede pública municipal ou estadual.
Ainda que os modelos de educação tradicional tenham sido duramente questionados – e modificados – nos últimos anos, são eles que predominam no sistema de educação brasileiro.
Símbolo de toda uma geração de estudantes, avaliações formais como as provas sempre foram tratadas como indicativo dos alunos que mais se destacam, já que, pelo menos teoricamente, o maior número de acertos é obtido por quem foi capaz de melhor absorver o conteúdo.
Mas, sendo assim, como considerar as individualidades de cada um dos estudantes? Embora nos modelos de educação tradicional as provas sejam a forma mais usual de avaliação, é possível extrair o melhor delas, inclusive, para ajudar alunos com maior grau de dificuldade.
Hoje, por conta das evoluções da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a avaliação qualitativa, se comparada à quantitativa, é considerada muito mais eficaz.
Por conta disso, grande parte das escolas adota o modelo de avaliação contínua e cumulativa. Nele, os exames de conhecimentos são agregados às demais atividades de diversas naturezas realizadas durante todo o ano letivo.
Pensando nos professores que desejam tirar o máximo proveito desse tipo de avaliação, elaboramos um guia básico de como avaliar uma prova, bem como sobre as possibilidades de aprendizado que elas oferecem.
Elaboração
Professores, mesmo os menos experientes, sabem bem que o cuidado com as provas começa muito antes do que os alunos imaginam. Para garantir uma educação de qualidade, tudo passa por um rigoroso planejamento, incluindo as avaliações formais.
O cuidado começa desde a preparação do conteúdo ministrado em sala de aula até a preparação das questões. Afinal de contas, tudo precisa estar em perfeita sincronia.
Um ponto fundamental para que a avaliação da prova seja satisfatória, é a sua elaboração. Por isso, selecionamos algumas dicas que podem auxiliar nesta etapa. Confira:
- Elabore as provas com bastante antecedência, assim, caso precise fazer alguma alteração terá tempo hábil;
- Defina qual será a nota total da prova e o valor individual das questões;
- Parece óbvio dizer, mas, tenha sempre em mente o conteúdo trabalhado em sala de aula para não cobrar além do que foi aplicado;
- Tenha muito cuidado com o texto das perguntas. Evite aquelas que possam dar margem para dupla interpretação;
- Nesse sentido, verifique se as orientações atendem ao que deseja obter como resposta;
- Verifique se o estilo de questões está de acordo com que os alunos estão acostumados;
- Ainda que as “pegadinhas” sejam hábito de muitos educadores, tenha cuidado ao lançar mão desse recurso. Use-o com moderação.
Avaliação
Conhecidos os principais aspectos da elaboração das provas, vamos, então para o processo de avaliação.
Há diferenças consideráveis na correção de provas objetivas e discursivas. Enquanto não há variação de respostas para a primeira, a segunda ressalta o nível de aprendizado do estudante em cima daquele tema.
Mas, mesmo assim, algumas dicas podem ser aplicadas em ambas, garantindo a máxima exploração dos recursos para diagnosticar o nível de aprendizado. Veja quais são:
- Tenha sempre em mãos uma prova corrigida com as respostas padrão. Mesmo que a pergunta seja discursiva é possível estabelecer alguns itens fundamentais para a resposta ser considerada correta;
- Alguns professores preferem corrigir a prova toda de uma vez, outros, gostam de fazer questão a questão. Faça alguns testes para encontrar a metodologia a qual mais se adapta;
- Durante a correção tente, ao máximo, apontar quais foram os pontos errados. Isso fará com que o aluno tenha ciência do que ele deve revisar e estudar com mais cuidado;
- Para buscar o máximo de imparcialidade, tente avaliar as provas sem saber de qual aluno se trata;
- Faça um apanhado daquilo que os alunos tiveram mais dificuldade e repasse os principais pontos pertinentes ao conteúdo;
- Mesmo que não seja uma exigência da escola, faça relatórios de todas as provas aplicadas. Eles permitem o acompanhamento da turma e servem como parâmetro na hora de fazer diagnósticos do aprendizado;
- Por fim, ao fazer a devolutiva aos estudantes, se possível, reserve uma aula para comentar as questões e responder aquelas que registraram o maior número de erros.
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