Comunique-se melhor: 7 sugestões valiosas para os comunicadores inseguros
Confira algumas dicas de comunicação que mudarão a forma de se expressar em público ou de estabelecer um diálogo com pessoas próximas.
Independentemente de sermos introvertidos, extrovertidos ou ambivertidos, todos já enfrentamos situações em que nossa personalidade é posta à prova. Quando a pressão é grande, podemos nos sentir perdidos e sem saber o que dizer.
É comum nos sentirmos estranhos, estressados ou constrangidos nessas situações e então acharmos que nunca seremos capazes de sermos bons comunicadores.
Na maioria das vezes, isso acontece porque somos jogados em uma conversa sem encontrar um terreno comum primeiro. É difícil manter a interação fluindo naturalmente quando não temos certeza sobre o que falar ou o que podemos evitar.
A boa notícia é que existem técnicas que podem ser usadas nesses momentos. Ao combinar um pouco de psicologia social com uma abordagem centrada na pessoa, podemos dominar a arte da conversação!
Aqui estão algumas dicas valiosas para ajudá-lo a falar e aprimorar suas habilidades de comunicação interpessoal:
Dicas para aprimorar habilidades de comunicação
1. Pratique a arte da escuta
Ouvir é a forma mais básica e poderosa de se conectar com outra pessoa, portanto, apenas ouça. A comunicação é uma via de mão dupla e ouvir é tão importante quanto falar.
Quando se deparar com momentos de silêncio, evite preenchê-los apenas com histórias sobre si mesmo. Você nunca errará ao adotar a abordagem “ouvir primeiro, falar depois”.
Quando você e a pessoa com quem está conversando se alternam para realmente se ouvirem, a conversa flui de forma mais natural. Além disso, você terá mais tempo para observar e compreender as pessoas.
Para aprimorar suas habilidades de escuta, pode ser útil identificar o que pode atrapalhar uma escuta eficaz. Um problema comum é pensar na resposta enquanto a outra pessoa ainda está falando.
Um estudo realizado por Faye Doell (2003) revelou que existem dois tipos diferentes de escuta: “escutar para entender” e “escutar para responder”. Aqueles que praticam a escuta para entender têm mais sucesso em seus relacionamentos interpessoais do que os outros.
Concentrar-se na mensagem do outro também é uma ótima maneira de desviar sua atenção se estiver se sentindo desconfortável.
Segundo o renomado psicólogo Carl Rogers, a chave para uma boa escuta é evitar fazer julgamentos e criar um ambiente seguro para os falantes. Embora seja algo que requer prática, aqui estão algumas dicas para aprimorar suas habilidades de escuta:
-
Coloque-se no lugar do falante. Tente compreender o que estão dizendo a partir da perspectiva deles;
-
Evite fazer suposições ou julgamentos precipitados;
-
Esteja atento aos sentimentos expressos durante a fala;
-
Mantenha contato visual, olhando nos olhos do falante enquanto eles se expressam;
-
Demonstre que está ouvindo através de gestos como balançar a cabeça ou fazer expressões de entendimento;
-
Concentre-se em absorver completamente a mensagem que a pessoa está tentando transmitir.
2. Saiba quais assuntos abordar durante a conversa
Richard Wiseman, professor de Entendimento Público da Psicologia na Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, conduziu um estudo que investigou os tópicos mais eficazes para uma boa comunicação. Ele descobriu que o assunto mais bem-sucedido, que causava uma ótima impressão, era abordar viagens.
No entanto, em caso de dúvida, escolher um assunto pessoalmente revelador pode não ser uma boa opção, como perguntar quantos relacionamentos a pessoa já teve.
A conclusão mais consistente proveniente de pesquisas é pedir conselhos sobre algo. Essa abordagem é excelente para fazer alguém falar, pois, quando se está dando conselhos, a pessoa se sente útil e seu ego também pode ser elevado.
Portanto, ao pensar em um assunto para conversar, peça conselhos sobre algo que você sabe que a pessoa será capaz de responder.
3. Pratique a empatia
Tente se colocar no lugar do interlocutor. Essa é a máxima das interações modernas: as pessoas apreciam ser vistas e ouvidas, então, quando você demonstra empatia, elas se sentem confortáveis em sua presença.
Ao fazer da escuta empática um hábito, você será capaz de compreender melhor as lutas das pessoas e o porquê de suas ações.
É a habilidade de se conectar com alguém em seu próprio nível, de colocar o outro no centro da conversa (essa técnica é muito utilizada por terapeutas e psicólogos para ajudar seus clientes).
Isso cria um espaço seguro onde elas podem compartilhar qualquer coisa sem medo de serem julgadas. Consequentemente, a conversa fluirá naturalmente.
Aqui estão algumas maneiras de praticar a escuta empática durante uma conversa:
- Dê tempo: Seja paciente e permita que o falante expresse sua mensagem. Não o apresse nem o interrompa;
- Demonstre empatia: A verdadeira empatia significa ouvir e entender de onde o seu parceiro de conversa está vindo. Significa deixar de lado suas próprias histórias e experiências;
- Faça perguntas abertas, empáticas ou reflexivas, por exemplo, “Como você se sente em relação a isso?” ou “Qual é o seu próximo passo?”.
Lembre-se, a chave aqui é ouvir sem fazer julgamentos, se colocar no lugar do outro e fazer perguntas de acompanhamento, nada mais além disso.
4. Cultive um conhecimento amplo e atualizado
Você não pode compartilhar aquilo que não sabe. Se o fizer, provavelmente tomará invertidas e as pessoas podem se afastar de você.
Se você deseja ter uma variedade de tópicos para iniciar boas conversas, é importante ler e se familiarizar com o que está acontecendo atualmente. Os eventos atuais são a melhor fonte de tópicos para abordar em uma conversa.
Sejamos claros: você não precisa ser um especialista sobre o assunto em questão, sabendo de cada mínimo detalhe dos acontecimentos.
Basta deixar a pessoa saber que você tem algum conhecimento sobre o tema. Isso incentivará a pessoa a compartilhar o que sabe. É assim que a conversa flui!
Muitas pessoas acreditam que ter uma boa conversa significa causar uma grande impressão. Contudo, essa não é necessariamente a realidade. Às vezes, você não precisa se esforçar para ser notável para despertar o interesse das pessoas. Basta ser autêntico e dizer o que quer dizer.
No final das contas, o que importa é ser verdadeiro consigo mesmo. Isso proporciona uma variedade de assuntos para conversar e novas maneiras de se conectar com as pessoas.
5. Evite julgamentos
O famoso psiquiatra suiço Carl Jung dizia: “O pensamento é difícil, por isso é que a maioria das pessoas julga”. Quando somos rápidos em julgar pessoas e situações, prejudicamos o processo natural de comunicação.
Na próxima vez em que estiver envolvido em uma conversa, dê um passo para trás e avalie honestamente suas próprias crenças ao interagir. Ter uma mente aberta é essencial para aprimorar suas habilidades de comunicação.
Muitos de nós tendem a fazer julgamentos precipitados quando nos comunicamos com outras pessoas. Essa forma de pensamento categoriza as coisas como certas/erradas, boas/ruins, desejáveis/indesejáveis.
Porém, quando tratamos as pessoas dessa maneira, estamos aceitando ou rejeitando o que elas dizem, em vez de compreender verdadeiramente.
Para quebrar as barreiras do julgamento, faça perguntas para obter um entendimento mais profundo. Mantenha sua mente aberta. Isso deixará a pessoa com quem você está conversando muito mais à vontade, afinal, ninguém gosta de um sabe-tudo.
Na próxima vez em que você estiver em uma conversa, não assuma automaticamente que a pessoa com quem está falando tem as mesmas opiniões que você só porque você gosta de alguém em comum; cada pessoa tem o direito de ter suas próprias opiniões e não merecem ser julgadas por isso. Não se pode forçar alguém a concordar com você.
Debates podem tornar uma conversa interessante, mas evite fazer declarações polêmicas que possam começar ou terminar a conversa em um clima negativo, pois isso também é uma forma de julgamento.
Se você deseja construir relacionamentos e conexões sólidas com os outros, dê um passo atrás e conheça as crenças das pessoas antes de fazer declarações controversas.
6. Observe os sinais não verbais
A comunicação vai além das palavras e inclui a linguagem corporal. Portanto, preste atenção aos sinais não verbais do seu interlocutor.
Independentemente do que você esteja sentindo, tente redirecionar sua atenção e observe como a outra pessoa está se sentindo com base em sua linguagem corporal, observando os sinais corporais da outra pessoa, como postura, contato visual e movimentos das mãos.
Também é importante estar atento à sua própria linguagem corporal e à mensagem que está transmitindo. Às vezes, temos que observar nosso próprio corpo e acabamos comunicando mensagens não intencionais.
Aqui estão algumas dicas para ajustar sua linguagem corporal:
- Mantenha uma postura aberta: É importante se sentir relaxado, mas não descuidado. Evite cruzar os braços ou colocar as mãos nos quadris, pois isso pode transmitir uma postura fechada;
- Faça um aperto de mão firme: Ao cumprimentar alguém, lembre-se de oferecer um aperto de mão ofertado com firmeza. No entanto, evite apertar com muita força e causar desconforto à outra pessoa. Mantenha um equilíbrio;
- Mantenha contato visual: Durante a conversa, certifique-se de manter contato visual com a outra pessoa por alguns segundos de cada vez, seja enquanto você fala ou enquanto ela fala. Isso demonstra engajamento e sinceridade;
- Sorria quando apropriado: O sorriso é uma forma poderosa de transmitir vibrações positivas. Sorria quando apropriado, pois isso fará com que você pareça amigável e confiável;
- Evite tocar o rosto: Evite tocar o rosto excessivamente, pois isso pode transmitir uma imagem de desonestidade.
7. Aprenda com cada interação
Cada pessoa traz consigo experiências e perspectivas únicas. A pessoa com quem você está conversando pode ter vivido experiências e realizado coisas que você ainda não teve a oportunidade de experimentar, e isso pode oferecer uma nova visão de vida ou enriquecer suas perspectivas existentes. Portanto, não perca a oportunidade de demonstrar interesse genuíno por elas.
Basta ter um ouvido atento e demonstrar interesse para ampliar seu conhecimento sobre outras regiões, culturas e países. Com essas informações em mãos, você se tornará um conversador mais interessante.
Além disso, ao focar a mensagem que está sendo transmitida, você se torna um melhor interlocutor. Isso direciona sua atenção para as informações que estão sendo compartilhadas, em vez de se preocupar com sentimentos de estranheza ou planejar o que dizer a seguir, apenas observando o que está sendo dito.
Dessa maneira, você eleva suas conversas a um nível muito mais significativo. Por fim, é preciso destacar que cada interação é uma oportunidade valiosa de aprendizado e crescimento mútuo.
Comentários estão fechados.