Conheça o homem que tem o 'sangue dourado' e já salvou mais de 2 milhões de bebês

Também conhecido como 'o homem do braço de ouro', James Harrison passou por grandes dificuldades quando ainda era adolescentes. Confira esta história emocionante!

O australiano James Harrison, conhecido como o “homem do braço de ouro“, fez uma contribuição notável para a medicina ao doar sangue por 60 anos.

O sangue dele possui um anticorpo especial chamado Anti-D, usado no tratamento de mães cujo sangue pode ser incompatível com o dos fetos, representando um risco para a gravidez.

Estima-se que ele tenha feito mais de mil doações ao longo de sua existência, sendo capaz de salvar mais de 2,4 milhões de bebês australianos, segundo o Serviço de Sangue da Cruz Vermelha da Austrália.

O sangue dourado

Aos 14 anos, James Harrison passou por uma cirurgia delicada que o deixou dependente de transfusões de sangue para sobreviver.

Esse capítulo dificultoso na vida de James fez com que ele percebesse a importância da doação de sangue. Ao completar 18 anos, ele começou a ser doador com frequência.

Com o tempo, descobriu-se que o sangue de James continha uma quantidade significativa de um anticorpo valioso que, mais tarde, seria usado no tratamento conhecido como Anti-D.

O “Homem do braço de ouro”. (Imagem: Reprodução/Australian Red Cross Lifeblood)

O tipo sanguíneo de James, conhecido como Rh nulo (ou Rhesus null), é tão excepcionalmente raro que ganhou a alcunha de “sangue dourado”, devido às suas propriedades únicas.

De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina, a frequência desse grupo sanguíneo é extraordinariamente baixa, ocorrendo em cerca de uma pessoa a cada 6 milhões.

Tal raridade confere um valor inestimável ao sangue de James, especialmente no tratamento de gestantes e recém-nascidos em risco de Doença Hemolítica Perinatal (DHPN).

A DHPN pode resultar em condições graves, como anemia, aumento do fígado e do baço, danos cerebrais, insuficiência cardíaca e, em casos extremos, até a morte de recém-nascidos.

O tratamento é crucial para garantir a saúde e o bem-estar das crianças afetadas por essa condição potencialmente fatal. Por isso, James foi mais do que dono de um “sangue dourado”. Ele foi muito “sangue bom”!

você pode gostar também

Comentários estão fechados.