No Japão, crianças superdotadas são alvo de críticas e preconceito

Um dos países com o maior nível educacional do mundo ainda não consegue lidar com as crianças superdotadas.

No Brasil e em vários países do mundo, o tratamento dado às crianças superdotadas é especial, principalmente porque esses jovens são considerados como pessoas de talento e dons admiráveis; no entanto, o Japão, que é um dos países referência em ensino, está adotando uma postura rígida com crianças superdotadas.

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Algumas delas vão desde o preconceito puro e simples às críticas e isolamento infantil.

Não é incomum que os jovens superdotados sejam chamados de estranhos no país oriental. Professores, amigos e até familiares fazem parte desse ciclo nocivo. Como muitas dessas crianças não sabem como se defender dos abusos, é muito raro que algum deles responda algo do tipo: “Eu sou talentoso! Estranho é você”.

Crianças superdotadas no Japão são alvo de tratamento rígido

Shukan Gendai afirma que o Japão adota um tratamento duro com as crianças que são consideradas superdotadas. No país, não há sequer uma palavra para tratar do fenômeno, que é conhecido pelo termo inglês gifted.

Os japoneses costumam enxergar a superdotação como um problema ou uma doença que deve ser tratada, ou seja, não se trata de ter talento. Algumas crianças, inclusive, normalmente são diagnosticadas com autismo ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) por causa disso. É o que aponta a pediatra Yoichi Sakakibara.

As crianças superdotadas no país não são incentivadas a se desenvolverem, como vemos em outros locais do mundo. Logo é muito difícil que os jovens brilhantes sejam reconhecidos e tratados como tal. A boa notícia é que essa realidade pode estar com os dias contados.

Japão propõe apoio às crianças superdotadas

É fato que o país com um dos maiores níveis educacionais do planeta não costuma incentivar os talentos superdotados. Atento a essa realidade, o Ministério da Educação agora afirma que vai incluir no orçamento do ano de 2023 um apoio aos jovens e crianças que são “diagnosticados” como superdotados.

A iniciativa é boa, mas tem sido vista com cuidado, visto que argumentam que muito mais do que uma iniciativa financeira, também será preciso uma mudança cultural para incluir e respeitar esse grupo seleto de jovens.

A ideia é que os professores sejam instruídos a encorajar os alunos talentosos, cujo critério aproximado é ter um QI na média de 130. Além disso, o indivíduo deve ser estimulado a desempenhar o seu papel, seja em uma turma de ensino médio ou sendo aceito em uma universidade quando ainda é apenas um adolescente.

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