Crise econômica no Brasil (2014)
A crise econômica que ocorreu no Brasil em 2014 começou a se anunciar a partir da crise global de 2008.
Como se deu a crise econômica no Brasil? A crise econômica já dava sinais de que se iniciaria desde a crise econômica global que começou nos Estados Unidos em 2008.
Origem crise econômica do Brasil (2014)
Desde o fim da década de 1990 até o início de 2012, os commodities brasileiros, como a soja, o minério de ferro e o petróleo, apresentavam uma demanda cada vez maior.
No período de crescimento econômico do país, quando apresentava uma taxa de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo Lula começou a incentivar o consumo.
Durante esse período, a economia do país viveu um momento de estabilidade e sem inflação. O governo desenvolveu um crédito barato e juros subsidiados para o empresariado escolhido pela presidência.
o governo se tornou um grande investidor e realizou diversas obras públicas
Essa política permitiu que as classes sociais desprivilegiadas começassem a ascender socialmente e economicamente, adquirindo produtos como eletrodomésticos e automóveis. Houve, então, um intenso aumento da demanda por parte da sociedade.
A poupança e os investimentos a longo prazo não foram estimulados.
Quando a crise mundial de 2008 chegou ao Brasil, o então governo buscou formas de garantir que o mercado interno continuasse a atender a demanda da população brasileira.
Em 2010, o país registrou 7,6% de taxa de crescimento do PIB. As isenções de impostos aos eletrodomésticos, automóveis e construção contribuíram para o crescimento econômico do país.
Entretanto, de acordo com o economista Ricardo Amorim, tais incentivos estimulavam o consumo e não a produção.
Governo Dilma
Em 2011, Dilma Rousseff assume o cargo de presidente do Brasil e demonstra não possuir a mesma habilidade de seu antecessor em torno do seu projeto.
Os juros subsidiados, o crédito barato, os empresários aliados ao governo e as taxas de exoneração, desvalorização cambial e isenção fiscal que ocorriam no governo Lula se estenderam ao governo Dilma.
Entretanto, o então governo não possuía a mesma força política de seu antecessor, pois as relações do ex-presidente com os empresários favorecidos não se expandiram até o governo Dilma.
Além disso, os problemas de corrupção revelados pela Operação Lava Jato começaram a tomar grandes proporções.
A crise política afetou o âmbito econômico. Investidores estrangeiros não se sentiam seguros em investir nas empresas do país. Foi o início da crise econômica.
Visando impedir a inflação e evitar a crise, o governo congelou as tarifas públicas. Nesse período, o setor de eletricidade quebrou o contrato com o governo e repassou os custos para o povo brasileiro.
A recessão teve seu início em 2014. Os salários diminuíram assim como a produção industrial e o PIB, que foi para 3,8%
Em 2015, Dilma apresenta diversas medidas visando acabar com a crise. Uma delas foi o aumento de impostos como, o imposto sobre as operações de crédito, câmbio e seguros do setor imobiliário (IOF) e o imposto sobre os produtos industrializados (IPI).
Escapando dos altos impostos, diversas empresas do país dos ramos têxtil e plástico começaram a se fixar no Paraguai.
A popularidade da presidente caía assim como a sua incapacidade de articular alianças políticas. Com isso, tais crises no âmbito político e econômico culminaram com o impeachment de Dilma Rousseff.
Saiba mais em:
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.