Dados apontam que 30% da população brasileira pode ter síndrome de burnout

País pode ocupar segundo lugar entre nações com maior índice de distúrbio emocional relacionado ao trabalho.

A síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é considerada uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, no Brasil, os números são alarmantes e mostram que aproximadamente 30% da população brasileira economicamente ativa sofre com a doença.

Os números se referem a uma pesquisa de 2019 feita pela International Stress Management Association (Isma-Brasil). Esse dado representa 1 a cada 3 trabalhadores brasileiros. O mais preocupante é que os dados podem ser ainda maiores após a pandemia de COVID-19.

Síndrome de burnout é classificada como doença pela OMS

Em janeiro de 2022, a OMS atualizou a versão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) para acrescentar o burnout como um transtorno ocupacional resultante do estresse crônico adquirido no ambiente de trabalho.

A síndrome pode atingir pessoas de qualquer sexo e idade, independente da profissão. O resultado da síndrome de burnout é o esgotamento emocional e físico, com impactos negativos na vida pessoal e profissional.

O desenvolvimento da síndrome pode acontecer de diferentes formas: seja pelo ambiente de trabalho competitivo, com muitas metas para alcançar, condições degradantes de trabalho, baixa remuneração e assédio moral. A lista, no entanto, é longa.

A busca pela produtividade inalcançável no trabalho pode resultar no aparecimento da doença. Isso porque, é comum encontrar pessoas que associam sucesso profissional a um grande volume de atividades e atribuições no trabalho.

Além da síndrome de burnout, as condições precárias de trabalho, associadas a uma insegurança salarial, ocasionou o fenômeno conhecido como Great Resignation ou a Grande Renúncia, na qual milhões de trabalhadores pediram demissão dos seus empregos.

No Brasil, os dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontam que até 2,9 milhões de trabalhadores pediram demissão entre os meses de janeiro e maio de 2022.

A falta de perspectiva para o crescimento profissional, exigências incompatíveis com os salários pagos e jornadas excessivas de trabalho também são causas para a Grande Renúncia e para o aparecimento dos primeiros sintomas da síndrome de burnout.

Principais sintomas de burnout

Por se tratar de uma doença, é possível identificar os sintomas associados à síndrome. Veja quais são os principais e, se for o caso, procure ajuda médica e psicológica.

  • Cansaço mental;
  • Isolamento;
  • Desesperança;
  • Sentimento de frustração;
  • Mudanças de humor repentinas;
  • Dores de cabeça;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Mudanças nos batimentos cardíacos;
  • Alterações no apetite.
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