Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável é a capacidade da sociedade utilizar os recursos naturais existentes a garantir a sua preservação para as gerações futuras.
Muito se debate, ao longo das últimas décadas, sobre a forma com que os seres humanos vêm transformando o meio natural e provocando sobre ele os mais diversos tipos de transformação. Dessa forma, sob a preocupação de se desenvolver estratégias para otimizar a relação das sociedades com o meio ambiente e garantir a preservação dos recursos, buscou-se a criação de conceitos capazes de tornar essa tarefa mais simplificada ou mais facilmente compreendida.
Assim, surge a ideia de desenvolvimento sustentável que, por convenção, é definido como a capacidade de as sociedades utilizarem os recursos naturais existentes de forma a garantir a sua preservação para as gerações futuras. Esse conceito foi originalmente desenvolvido no ano de 1972, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada na cidade de Estocolmo, Suécia. O objetivo, então, era o de promover a ideia de que é possível um crescimento econômico sem que isso prejudique a preservação da natureza.
Na década seguinte, mais precisamente no ano de 1987, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, vinculada a ONU, elaborou o Relatório Brundtland, oficialmente nomeado como “Nosso Futuro Comum”. Nele, o conceito de desenvolvimento sustentável baseado na concepção de desenvolvimento econômico que não comprometa as gerações posteriores foi referendado, como fruto das discussões realizadas ao longo das grandes conferências internacionais sobre o tema.
A elaboração desse relatório culminou na promoção da chamada Agenda 21, que buscou implementar um conjunto de medidas a fim de salientar uma posição contrária ao modelo de desenvolvimento adotado pelas nações desenvolvidas e reproduzido pelas subdesenvolvidas e emergentes.
Para melhor compreendermos a aplicabilidade do conceito de desenvolvimento sustentável, é preciso ter claro o debate a respeito dos recursos naturais e seus tipos. Eles são frequentemente classificados em renováveis e não renováveis.
Os recursos naturais renováveis são aqueles que possuem uma capacidade natural de renovação na natureza, ou seja, que podem ser repostos. O principal exemplo é a água, haja vista que o ciclo da água permite a renovação dessa na natureza de maneira constante, embora isso não signifique que a sua forma própria para consumo, a potável, esteja sempre disponível. Outros exemplos são os chamados recursos inesgotáveis, como os ventos e a energia advinda do sol.
Já os recursos naturais não renováveis são aqueles que são considerados finitos, ou seja, que não possuem uma capacidade natural de reposição ou que essa demore um tempo geologicamente muito extenso para se concretizar. O maior exemplo na atualidade é o petróleo que leva milhões de anos para se formar. Além dele, os minerais também não possuem uma capacidade rápida de reposição natural.
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Nessa perspectiva, o desenvolvimento sustentável se viabiliza pelo uso prioritário dos recursos naturais renováveis, o que não significa que eles devam ser utilizados sem nenhum tipo de controle. A água, por exemplo, corre o risco de extinção, mas não de maneira geral, e sim no que se refere à sua disponibilidade para consumo direto, o que é acarretado pela poluição e assoreamento de rios, extinção de nascentes, desmatamentos em áreas de encostas, entre outros processos.
É claro que o desenvolvimento sustentável não é um amplo consenso e sua aplicabilidade encontra muitos desafios. Um deles é definir em que nível deve se operar o crescimento econômico em concílio com a natureza. De um lado, há quem defenda visões mais radicais, como a total preservação do meio ambiente, com métodos de cultivos totalmente alternativos e orgânicos no campo, com a diminuição drástica do consumo para diminuir a poluição industrial, dentre outras ações. De outro, defende-se que apenas algumas reformas ou alterações no modelo atual de desenvolvimento já seriam mais que suficientes para garantir a sustentabilidade.
Um dos conceitos desenvolvidos no âmbito desse debate é o de economia verde, que corresponde ao conjunto de ações e processos socioeconômicos de produção que contribuam para a ampliação da prática do desenvolvimento sustentável. Assim, entende-se que as decisões tomadas no âmbito social e tecnológico devem seguir e serem pautadas pela conservação do meio ambiente, incluindo a recuperação de áreas degradadas e diminuição de impactos gerados sobre grandes intervenções antrópicas.
De todo modo, embora o conceito de desenvolvimento sustentável seja amplamente defendido, sua aplicação depende da resolução de oposições ideológicas e da maior preocupação de alguns governos, sobretudo dos países mais desenvolvidos e industrializados, em centrar-se nesse objetivo.
Por Rodolfo F. Alves Pena
Mestre em Geografia
A Guerra Fria foi um período da história recente do mundo em que a ordem geopolítica do planeta se viu dividida entre o oeste, representado pelos Estados Unidos, e o leste, representado pela União Soviética. Foi um conflito em que não houve agressões diretas entre os dois países, apenas a presença ou intervenções indiretas em conflitos, objetivando aumentar a influência do capitalismo, por parte dos EUA, e do socialismo, por parte da URSS.
O início da Guerra Fria esteve diretamente ligado ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois, com o esfacelamento da Alemanha nazista e da vitória da tríplice aliança em conjunto com a União Soviética somados ao fato de a guerra ter acontecido predominantemente em território europeu, EUA e URSS foram os menos afetados pelo conflito.
Para introduzir esse tema em sala de aula, é oportuno utilizar uma dinâmica envolvendo os próprios alunos. Antes da aula, confeccione pequenos cartazes com os nomes, respectivamente, de cada um dos países que participaram da Segunda Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Inglaterra, União Soviética, Alemanha, Japão e Itália, sendo um cartaz para cada país.
Assim, no início da aula, selecione sete voluntários da turma – de preferência os mais “tímidos”, pois o risco de fazerem “gracinhas” e atrapalhar a sua explicação é menor. Cada voluntário ficará segurando um cartaz, de forma que cada aluno representará um país.
Separe de um lado os alunos que representam a Tríplice Aliança (EUA, França e Inglaterra) e, de outro, os alunos que representam a Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Itália). Coloque o aluno representante da URSS no meio e explique que esse país passou para o lado da Tríplice Aliança por conta dos ataques da Alemanha.
Em seguida, explique a situação de cada um dos países ao final da guerra, abordando os alunos que os representam. Deixe EUA e URSS por último.
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Japão – Com os ataques atômicos em Hiroshima e Nagasaki, além dos desgastes realizados pelo envolvimento do país no conflito, o país ficou economicamente frágil ao final da Segunda Grande Guerra. Peça para o aluno representante do Japão se sentar.
Alemanha – Foi o país que mais sofreu ataques durante a guerra e teve seu território dividido entre os vencedores da Tríplice Aliança, não exercendo mais qualquer peso no cenário internacional. Peça para o aluno representante da Alemanha se sentar.
Itália – Com a derrota na guerra, o país sofreu com a recuperação de sua economia e com as sanções impostas pelos países vencedores. Peça para o aluno da Itália se sentar.
França – Mesmo tendo vencido a guerra, sofreu sérias consequências dos ataques empreendidos, principalmente, da Alemanha, que chegou a ocupar Paris. Por isso, o país também ficou fragilizado e não tinha qualquer poder geopolítico. Peça para o aluno da França se sentar.
Inglaterra – Assim como a França, a Inglaterra também sofreu muitos ataques em seu território e também saiu fragilizada do conflito. Peça para o aluno da Inglaterra se sentar.
Com isso, apenas duas nações possuíam forças para impor suas exigências e investirem em ações imperialistas pelo mundo: URSS e EUA. Coloque os dois alunos representantes desses países lado a lado e mostre que ambos não tinham coragem de se enfrentarem, uma vez que os dois lados possuíam armas nucleares.
Peça para os dois alunos se sentarem e solicite a todos que produzam um breve texto explicando a lógica da Guerra Fria a partir da seguinte frase: “Guerra improvável, paz impossível”, do sociólogo francês Raymond Aron.
Com essa abordagem, acredita-se que se torna mais fácil abordar o assunto em aulas subsequentes.
Não seria eixo e aliados?