DNA pode ser identificado através de simples estudos ambientais; entenda!
Como identificar o DNA de uma pessoa? Agora, a ciência descobriu uma nova tendência e a privacidade pode estar em constante risco.
Avanços na tecnologia de sequenciamento de DNA permitiram a coleta de amostras de diversos ambientes distintos, revelando o DNA presente em cada um. Ao contrário do passado, em que era necessário buscar uma sequência de DNA específica com um equipamento especializado, essa abordagem não é mais necessária.
Agora, é possível obter uma visão abrangente do material genético em uma amostra, explorando todo o conjunto de informações genéticas disponíveis e obtendo respostas valiosas sobre a composição genética do ambiente estudado.
Essa abordagem não invasiva de sequenciamento de DNA tem se mostrado útil para o estudo de populações selvagens, espécies ameaçadas de extinção e espécies invasoras. Além disso, tem sido aplicada no monitoramento de patógenos como SARS-CoV-2, mpox, poliomielite e tuberculose em amostras de águas residuais.
Os pesquisadores ressaltaram que, entre o DNA presente nessas amostras ambientais, também encontramos o nosso próprio material genético. Isso destaca a importância de considerarmos a presença de DNA humano ao interpretar os resultados e garantir que as amostras sejam adequadamente analisadas para fins de pesquisa e monitoramento.
Presença de DNA humano em estudos ambientais emitem alerta
Liam Whitmore, um zoólogo e conservacionista especializado em tartarugas verdes, e sua equipe reconheceram a possível presença de DNA humano em suas amostras de pesquisa. Para investigar essa questão, eles decidiram analisar amostras antigas de água e areia coletadas como parte de um estudo de monitoramento de vida selvagem e patógenos.
O objetivo era determinar se o DNA humano estava presente e em que medida, a fim de avaliar possíveis impactos na pesquisa e nos resultados obtidos.
Em uma análise mais detalhada, Whitmore e sua equipe realizaram uma busca direcionada por sequências genômicas humanas específicas nas amostras de água, areia e ar. Eles descobriram uma quantidade significativa de regiões genômicas que poderiam fornecer informações sobre a ancestralidade de uma pessoa e sua propensão a doenças.
Embora eles não tenham ido tão longe a ponto de identificar indivíduos específicos, eles observaram que essas sequências poderiam ser comparadas a dados genéticos disponíveis publicamente com relativa facilidade.
Isso ressalta a possibilidade de extrair informações genéticas relevantes de amostras ambientais, mesmo sem identificar diretamente os indivíduos envolvidos.
O que fazer com essa descoberta?
As descobertas levantam questões importantes sobre as práticas éticas e regulatórias relacionadas a esses tipos de estudos. Nos Estados Unidos e na União Europeia, os pesquisadores que pretendem trabalhar com amostras identificáveis de DNA humano devem seguir diretrizes rigorosas.
Isso inclui obter a aprovação do conselho de revisão institucional e obter o consentimento informado por escrito dos participantes envolvidos. Além disso, a descoberta do DNA no ambiente tem a sua devida importância.
O DNA humano presente no ambiente pode ter usos benéficos. O monitoramento de patógenos e o estudo do DNA humano podem ser correlacionados para identificar populações suscetíveis a doenças, permitindo a implementação de medidas de proteção adequadas.
Essa abordagem pode fornecer informações valiosas sobre a progressão do câncer e auxiliar na detecção precoce e no desenvolvimento de terapias personalizadas.
No entanto, é crucial garantir que essas práticas sejam realizadas com total respeito à privacidade das pessoas envolvidas, seguindo os devidos protocolos de consentimento e regulamentações éticas.
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